A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), negou a existência de nepotismo cruzado entre vereadores da base do prefeito Abilio Brunini (PL) e a administração municipal. A parlamentar rebateu as críticas do vereador de oposição Jefferson Siqueira (PSD), que levantou a questão durante sessão na Casa de Leis.

Leia também
PodOlhar: "Não foi um crime contra o advogado, mas sim contra a pessoa física", diz filha de Renato Nery

Paula afirmou que não há nomeações de familiares do prefeito na Câmara e que, até onde tem conhecimento, também não há casos semelhantes na prefeitura. Segundo ela, a nomeação de parentes para cargos públicos sempre ocorreu em gestões anteriores sem que houvesse questionamentos.

"Quero deixar claro que o Abilio não tem ninguém nomeado nessa Casa para ser nepotismo cruzado e nem na prefeitura, pelo que estou sabendo. Posso falar por mim, não tenho ninguém nomeado, nenhum parente nomeado na prefeitura", declarou.

A vereadora defendeu que a contratação de familiares de parlamentares não deve ser considerada um problema, desde que os nomeados tenham qualificação para exercer suas funções. "Penso que, se a pessoa é credenciada, se ela tem currículo, não tem problema nenhum que ela tenha um trabalho na prefeitura. Não vejo objeção nenhuma, se ela é capacitada, não há problema de ser parente de vereadores e estar nomeada", acrescentou.

A manifestação de Paula ocorreu após Jefferson Siqueira acusar a gestão de Abilio Brunini de descumprir compromissos de campanha e de nomear familiares de vereadores para cargos públicos. Segundo ele, isso configura favorecimento político e pode ser interpretado como prática de corrupção.

"O nepotismo é o favorecimento de familiares e amigos na concessão de cargos públicos. O que eu tenho visto hoje, acompanhando o Diário Oficial, são vários e vários familiares de vereadores sendo acolhidos pela sua gestão", afirmou o oposicionista.

Ele citou como exemplo os vereadores Cezinha Nascimento e Dilemário Alencar, ambos do União Brasil, além de Marcrean Santos, do MDB, sugerindo que parentes desses parlamentares foram nomeados em cargos na prefeitura.