O deputado estadual Carlos Avallone, presidente estadual do PSDB de Mato Grosso, confirmou, em entrevista à imprensa, que a sigla da qual ele faz parte deve definir nos próximos dias se seguirá para uma fusão com o MDB ou com o PSD. Na mesma entrevista, ele afirmou que “gostaria de continuar no PSDB e que o PSDB ficasse” e disse que o “sumiço” da sigla é "um golpe à história" do partido.
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Avallone revelou que mantém diálogo constante com o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO), atual presidente nacional da legenda, sobre quais serão os próximos passos.
Contudo, ele disse que ficou chateado de ver a história do PSDB ser “relegada” a essa possível fusão.
“Fiquei muito chateado com essa posição que acabou chegando do PSDB a nível nacional. Estamos a ponto de fazer uma fusão ou incorporação, pelo que vejo na imprensa e nas conversas com o presidente Marcão, com o MDB ou com o PSD. É frustrante ver a história do PSDB, que promoveu mudanças no país, ser relegada a isso”, disse.
“Quando há uma fusão, quem está entrando pode não concordar e tem o direito de procurar outro caminho. Aqui [em Mato Grosso], não me sinto à vontade para decidir sozinho. Vamos conversar com os eleitos e as lideranças. Se for para ir a um desses dois partidos, temos que ir juntos”, completou.
Avallone contou que o PSD do ministro Carlos Fávaro era o destino mais provável, mas o ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria pressionado por uma reaproximação com o MDB. A decisão final deve ser anunciada até março.
“Já estava quase certo que iríamos para o PSD, mas houve uma guinada movimentada pelo Aécio para ouvir mais o MDB. É isso que está em jogo agora”.
O presidente evitou antecipar preferências locais, mas disse que “seja qual for o caminho, precisa chegar com um grupo coeso”. “Só assim teremos peso para participar de eleições futuras”.