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Segunda-feira, 17 de março de 2025

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TAXA DO CRIME

Operação prende faccionados suspeitos de extorquir 5% do faturamento de comerciantes

Foto: Reprodução

Operação prende faccionados suspeitos de extorquir 5% do faturamento de comerciantes
A Gerência e a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) deflagraram nesta segunda-feira (10) a operação "A César o que é de César", para cumprir mandados de prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas de investigados por extorsão contra comerciantes em Várzea Grande. A facção criminosa exigia uma "taxa de funcionamento" de 5% sobre o faturamento mensal dos lojistas, sob ameaças de incêndios e violência.


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De acordo com a investigação, a prática criminosa começou a ser apurada em novembro do ano passado, quando a GCCO recebeu denúncias de que comerciantes, principalmente do ramo de acessórios e peças de celulares no camelódromo da cidade, estavam sendo coagidos pelos criminosos.

Ameaças de morte e represálias contra funcionários e familiares faziam parte das intimidações.

Segundo o delegado Antenor Pimentel Marcondes, os lojistas estavam amedrontados e muitos se recusavam a formalizar as denúncias por medo das represálias.

“A facção usa a extorsão como forma mais recente de captação de recursos ilícitos. Cabe ao Estado garantir a segurança dos cidadãos e combater esse tipo de criminalidade”, afirmou o delegado.

Intimidação sistemática

O principal investigado é O.R., conhecido pelo apelido de Shelby, apontado como líder do esquema. Ele se apresenta como "disciplina" da facção criminosa e monitorava a rotina dos lojistas, mantendo presença constante nos estabelecimentos sob o pretexto de oferecer segurança.

Diante da recusa ao pagamento, o grupo recorria a ameaças de morte, violência física e incêndios criminosos. Shelby fazia chamadas de vídeo em grupo pelo WhatsApp para intimidar as vítimas, determinando os valores e os métodos de pagamento, que incluíam transferências via Pix.

As investigações comprovaram que Shelby possui um patrimônio incompatível com sua renda formal, apesar de constar como funcionário de uma churrascaria em Cuiabá, onde não exerce qualquer atividade. Ele e a esposa são proprietários de veículos de luxo e imóveis.

Outro suspeito envolvido é C.R.L.S., conhecido como Maxixi, que reforçava as ameaças e assumia posturas mais agressivas durante as abordagens.

Embaraço às investigações

O esquema também incluía tentativas de intimidar vítimas e testemunhas durante as investigações. Advogadas vinculadas ao grupo criminoso acompanhavam depoimentos na Delegacia sem solicitação dos depoentes, configurando crime de embaraço à investigação.

(Com informações da Assessoria)
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