O ex-senador Cidinho Santos (PP), atual presidente do conselho administrativo da Nova Rota do Oeste, afirmou ao Olhar Direto, nesta terça-feira (11), em Brasília, que a concessionária não tem preocupações sobre a possível perda de arrecadação do estado com a reforma tributária. Conforme o gestor, empréstimo contraído recentemente garante a execução do que foi planejado pelos próximos anos.
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“Nós não temos essa preocupação porque, primeiro, a empresa hoje está altamente saneada, não tem dívida nenhuma. Contraímos empréstimo com BNDES no final do ano, já assinado, para fazer investimentos nos próximos dois, três anos. Então a empresa já está organizada”.
A Nova Rota do Oeste tem a concessão da BR-163/364 e Rodovia dos Imigrantes (BR-070), entre os municípios Itiquira e Sinop, trecho com extensão de 850,9 quilômetros. A missão da Concessionária é transformar o principal corredor de escoamento da produção agroindustrial do Centro-Oeste em uma rodovia cada vez melhor e mais segura.
Em dezembro, o BNDES aprovou apoio financeiro no valor de R$ 5 bilhões para a concessionária duplicar 444 km da BR-163. Cidinho Santos explicou como a concessionária planeja pagar o compromisso.
“Quem vai pagar o BNDES vai ser quem anda na rodovia, que paga pedágio e as pessoas com certeza vão continuar passando lá, os caminhões vão continuar passando lá. A Rota, como concessão, não tem preocupação com reforma tributária”.
Medo
Cidinho Santos afirmou que o temor sobre o futuro da Nova Rota do Oeste passa por uma possível mudança de visão política dos gestores em Mato Grosso.
“É uma preocupação particular. Daqui a pouco vem um governo, ela (Nova Rota) se mantendo pública, vem um governo que não tem a mesma mentalidade que tem hoje, como aconteceu no Paraná, que mandou liberar as porteiras dos pedágios. E aí, como é que vai pagar a conta? Então essa preocupação do futuro, de vir um gestor que não tem a mesma responsabilidade que tem o governador Mauro Mendes”.