A Câmara Municipal de Cuiabá já abriu duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e tem mais quatro pedidos de investigação encaminhados que, se abertos, podem atingir o ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) e seu entorno.
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Uma das CPIs que já estão abertas é do Estacionamento Rotativo, que deve se debruçar sobre o contrato assinado pela gestão Emanuel Pinheiro com a empresa CS Mobi, que está tocando o serviço, além da obra do Novo Mercado Municipal de Cuiabá. Os trabalhos serão presididos pelo vereador Ranalli (PL. Dilemário Alencar (União) ocupará a vice-presidência e Maysa Leão (Republicanos) será membro titular. Os suplentes são Baixinha Giraldelli (Solidariedade), Sargento Joelson (PSB) e Wilson Kero-Kero (PMB).
A outra CPI já aberta é a da Fiação de Energia e Telefonia, cuja presidência ficará a cargo do vereador Eduardo Magalhães (Republicanos). Sargento Joelson (PSB) será o vice-presidente, e Daniel Monteiro (Republicanos) atuará como membro titular. Os suplentes serão Dra. Mara (Podemos), Marcus Brito (PV) e Jeferson Siqueira (PSD).
As outras propostas de CPI, que ainda não apresentaram assinaturas para abertura, são a da Habitação, que foi proposta pelo vereador Tenente Coronel Dias (Cidadania), a CPI das Irregularidades Financeiras da gestão passada, requerida por Michelly Alencar (União), CPI do Transporte Municipal, solicitada por Samantha Iris (PL) e a dos CPI dos Débitos Previdenciários, de autoria de Dilemário Alencar (União).
No caso da proposta de investigação apresentada por Dilemário, a suspeita é de apropriação indébita, por parte da gestão Emanuel, do montante de R$ 200 milhões respectivos ao recolhimento de dinheiro dos servidores
A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), afirmou que as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) instauradas no Legislativo têm como principal objetivo fornecer respostas às questões de interesse da população e negou que sejam feitas para atender interesse do atual prefeito, Abilio Brunini (PL), adversário político de Emanuel.
A presidente reforçou que não haverá interferência política nos trabalhos e garantiu que todas as etapas serão conduzidas com transparência e seriedade.
“Precisamos seguir cada fase do processo e garantir que as CPIs realmente tragam respostas para a sociedade. Estaremos atentos a isso, e falo também em nome dos demais vereadores. São questões que exigem investigação e, como representantes do povo, temos o dever de fornecer explicações claras e justas à população”, afirmou Paula.
Os trabalhos das CPIs terão um prazo inicial de 120 dias para conclusão, podendo ser prorrogado conforme os trâmites regimentais. Durante esse período, as comissões poderão ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar pareceres técnicos, solicitar documentos e informações, além de convocar secretários municipais e demais autoridades, quando necessário.