O deputado estadual Carlos Avallone esteve reunido com a alta cúpula do PSDB, nesta terça-feira (11), em Brasília, e defendeu que o partido encontre um caminho para “sobreviver” sem apagar a própria história. A tese de Avallone, compartilhada por lideranças nacionais de peso, é que o PSDB não deve ser incorporado pelo MDB ou PSD, mas que forme uma federação com Republicanos ou Podemos. A mudança deve ter impacto no cenário político mato-grossense.
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Foram mais de três horas de reunião da elite partidária do tucanato comandadas pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, ex-governador de quatro mandatos de Goiás, além de representantes históricos do partido do Brasil inteiro. Além de Avallone, o deputado federal por Minas Gerais e ex-presidenciável, Aécio Neves, defende a federação como melhor alternativa, bem como Tasso Jereissati, ex-senador cearense de dois mandatos e ex-governador por três vezes.
A reportagem apurou que ideia de incorporação perdeu força no debate interno do partido e ganhou força na mesa a discussão sobre uma federação com Republicanos e Podemos. No caso do Republicanos, o PSDB de Mato Grosso entende que ganharia força com a pré-candidatura ao governo de Mato Grosso, encabeçada pelo atual vice, Otaviano Pivetta. Além disso, a chapa para deputado estadual ganharia força com certo equilíbrio de votos, com Diego Guimarães e Valmir Moretto.
Já com o Podemos, há um projeto em potencial. Nos bastidores, especula-se que o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), vai migrar para a sigla e levar consigo um grupo de parlamentares que estão em partidos de centro e querem maior identificação com a direita.
"Saí muito animado da reunião. Estou muito feliz, porque há um sentimento muito forte para preservar a história do PSDB. Se formos com o Republicanos, em Mato Grosso temos a força do próximo candidato a governador. E com o Podemos também seria muito bom", comemorou Avallone.
Os parlamentares federais do Republicanos rejeitaram, na sexta-feira, a federação com PP e União Brasil por conta das divergências nas bases eleitorais. Contudo, o partido ainda busca uma federação para se firmar como uma das três maiores forças do Congresso Nacional.