Em entrevista ao PodOlhar, o senador Wellington Fagundes (PL) avaliou o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando sinais de cansaço na liderança do Executivo e sugerindo uma influência significativa da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja.

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Fagundes observou que, diferentemente dos mandatos anteriores, Lula demonstra menor disposição para o diálogo com diferentes espectros políticos. "Antes ele conversava com a oposição, com a situação, chamava para discutir as coisas. Nesse governo não existe isso mais", afirmou.

O senador também comentou sobre a atuação de Janja no governo. "Quem está mandando é a Janja, não é? A Janja é quem manda no governo. Ela dá muitas cartas, muitas cartas. E ele não faz nada contra ela. A opinião dela é soberana", declarou.

Além disso, Fagundes criticou a gestão econômica atual, mencionando promessas de campanha não cumpridas e a tentativa de mudanças no sistema de pagamentos Pix. "Prometeu a picanha, não veio a picanha. O povo hoje, como compra uma picanha? Prometeu a cervejinha, não tem mais, não tem. Porque a taxação de imposto em cima da cerveja é muito alta também", disse.

Sobre o Pix, o senador afirmou que o governo tentou interferir no sistema. "Até o Pix que o Bolsonaro criou, na época, com o presidente do Banco Central, o Roberto Campos Neto, o governo queria mexer, gente", comentou.

Em resposta às especulações sobre a taxação do Pix, o Banco Central esclareceu que não há planos para cobrar pelo uso do sistema. "Não há qualquer estudo sobre taxação do Pix. Também não há qualquer intenção de se mudarem as regras de gratuidade vigentes", informou a instituição.

O governo federal também se posicionou, afirmando que não realizou mudanças nas regras de tarifas para o Pix e que eventuais cobranças pelo serviço são realizadas por bancos, conforme regulamentação do Banco Central.

Diante da repercussão negativa e da disseminação de informações falsas sobre uma possível taxação do Pix, o governo decidiu revogar uma medida da Receita Federal que ampliava o monitoramento sobre transações financeiras, incluindo o Pix, e editou uma Medida Provisória para reforçar a gratuidade e o sigilo do sistema de pagamentos.