Luiz Augusto Vieira Silva e Adavilso Azevedo são os outros dois alvos da Operação Fake News, deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (14). O terceiro envolvido é o agora ex-secretário de Assistência Social de Várzea Grande, Gustavo Henrique Duarte, que foi preso.
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Luiz Vieira é ex-assessor da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Já Adavilso Azevedo já foi candidato a deputado estadual pelo PL.
Gustavo Henrique Duarte foi o único preso durante a operação. A detenção dele aconteceu após ele "perder a linha" e desacatar uma delegada.
Os três são investigados por possíveis crimes eleitorais e contra a honra do governador Mauro Mendes (União) durante as eleições de 2022.
No caso de Luiz Vieira, conhecido como Guto, a Polícia Civil já havia conduzido investigações semelhantes em 2020, incluindo outros envolvidos, como o irmão do ex-prefeito de Cuiabá, Marco Polo, e jornalistas. Contudo, o inquérito foi arquivado pela Justiça estadual na última quarta-feira (12), após o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) concluir que não houve indícios de organização criminosa e que as publicações críticas ao governador circulavam em grupos de WhatsApp gerando debates políticos.
Ele foi exonerado do cargo de assessor técnico em janeiro de 2025.
Adavilso Azevedo, militar reformado e autointitulado "mobilizador de carreatas e motociatas", também é conhecido por seu envolvimento político. Ele disputou uma vaga como vereador em 2024, tornando-se suplente na capital. Em suas redes sociais, compartilha imagens ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência dele, no Bairro Pedra 90, na capital.
Operação
Segundo divulgou a PF, a Operação Fake News tem como objetivo combater crimes eleitorais e contra a honra praticados contra Mauro Mendes nas eleições de 2022. Ao todo, foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Núcleo Regional Eleitoral das Garantias I, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
O alvo é um grupo de pessoas que atuou divulgando e disseminando informações falsas com o intuito de interferir no pleito eleitoral. Conforme apurado pela investigação, houve a produção e divulgação de vídeos com informações inverídicas e caluniosas durante a campanha.