Costurando uma aproximação do Partido Liberal (PL) com o grupo político do governador Mauro Mendes (União), o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, contemporizou a troca de farpas entre o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e o gestor nas redes sociais. Segundo ele, isso faz parte do jogo político e nem o governador, nem o deputado, são “criados por vó” para fazer “birra ou esperneio” por conta de alguma declaração dura.
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“Aqui não são crianças criadas só por avó não. Crianças criadas por avó é que tem problema de fazer beicinho, fazer birra, fazer esperneio. Aqui é tudo gente grande, às vezes a gente dá umas caneladas em um, dá umas cotoveladas em outro. A relação política é assim mesmo. Aqui não é convento que só fala coisa boa. O jogo é bruto. [...] A gente às vezes chega em casa com a costela doendo”, disse Ananias, na terça-feira (18), durante evento da AMM em Cuiabá.
A troca de farpas nas redes socais começou com Cattani, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez uma publicação a qual insinua supostas ligações entre a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-secretário de Assistência Social de Várzea Grande, o autodeclarado bispo Gustavo Duarte, e as agendas recentes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes com o governador do Estado.
Na postagem feita no Instagram, no sábado (15) Cattani compartilhou reportagens sobre as visitas dos magistrados a Mato Grosso e insinuou uma suposta ligação com a operação da PF, escrevendo: “Coincidência?”.
Mauro respondeu a publicação lembrando que o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no estado em 2024 para apoiar a campanha de Chico Mendes, irmão do ministro Gilmar Mendes que foi eleito prefeito de Diamantino com apoio da base bolsonarista. Bolsonaro, inclusive, esteve na casa de Chico e conversou com Gilmar por telefone.
“Vocês têm memória fraca. Bolsonaro veio a Mato Grosso fazer campanha para o irmão do Gilmar Mendes. Aliás, ele será um grande prefeito em Diamantino”, afirmou o governador.
Duarte é investigado por suposta disseminação de fake news durante as eleições de 2022, em ataques ao governador Mauro Mendes. Ele foi exonerado na sexta-feira (14), horas depois de ser preso em flagrante por desacato ao confrontar agentes da Polícia Federal (PF) que cumpriam um mandado de busca e apreensão em sua residência.
