O governador Mauro Mendes (União) publicou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (6), um vídeo em que comenta a deflagração de mais uma fase da Operação Office Crimes – A Outra Face, que investiga o assassinato do advogado Renato Gomes Nery.
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Ele enfatizou que o Comando da Polícia Militar vai apurar a suposta participação de policiais no crime e ressaltou que, se necessário, vai “cortar na carne”, expulsando-os da corporação.
"Esses policiais vão ter o direito de se defender. Entretanto, com essa prisão, mostramos claramente que o programa Tolerância Zero é Tolerância Zero para fora e para dentro. E que vamos, sim, cortar na carne qualquer irregularidade cometida dentro das nossas forças de segurança. A Polícia Militar já abriu uma comissão processante que vai acompanhar as investigações independentes da Polícia Civil e, se forem culpados, realmente serão expulsos e receberão o tratamento que qualquer um que comete crime tem que receber no estado", disse.
Mauro reafirmou sua convicção no trabalho desenvolvido pela grande maioria dos profissionais das Forças de Segurança, que, segundo ele, são homens sérios e que arriscam suas vidas diariamente para defender a sociedade.
Ele também destacou o trabalho da Polícia Civil, ressaltando que a instituição possui um índice de 90% de elucidação dos crimes cometidos no estado, enquanto a média nacional é de 40%.
Operação
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), deflagrou, nesta quinta-feira, mais uma fase da Operação Office Crimes - A Outra Face, que apura o homicídio do advogado Renato Gomes Nery.
A operação teve como objetivo cumprir seis mandados de prisão temporária contra pessoas supostamente envolvidas no crime, sendo cinco policiais militares e um homem que trabalha como caseiro, apontado como o executor. Além disso, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
O caso
Renato Nery, de 72 anos, foi morto a tiros no dia 5 de julho do ano passado, em frente ao seu escritório, em Cuiabá. O advogado chegou a ser socorrido e passou por uma cirurgia em um hospital privado da cidade, mas não resistiu e morreu horas depois do procedimento.
As investigações da DHPP apontam que a motivação do homicídio foi disputa de terras.
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