O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou que os estados da Amazônia Legal devem cobrar dos países ricos uma maior contribuição para a preservação ambiental durante a Conferência Mundial do Clima (COP 30), que será realizada este ano no Pará.
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Mauro participou, nesta quarta-feira (12), de uma reunião com os demais governadores da região para discutir os preparativos do evento. Ele destacou que, enquanto as nações desenvolvidas ampliam suas emissões de carbono e a produção de carvão, o Brasil mantém altos índices de preservação.
"Nos últimos anos, os países ricos e desenvolvidos têm aumentado as emissões de carbono e a produção de carvão. Nós temos que dizer na COP, com muita clareza e com muita altivez, que aquilo que o Brasil faz e aquilo que nós fazemos na região amazônica, em termos de preservação, são poucas regiões do planeta que fazem", afirmou.
O governador ressaltou que, apesar de o Brasil contar com uma matriz energética majoritariamente renovável e extensas áreas preservadas, o país ainda é tratado como "vilão ambiental". Ele também defendeu o modelo de produção agrícola de Mato Grosso e criticou barreiras comerciais impostas por concorrentes internacionais sob o argumento de proteção ambiental.
"Vamos mostrar a nossa agricultura sustentável, que o estado de Mato Grosso lidera, ultrapassando a barreira de mais 100 milhões de toneladas nesse ano. Estamos dando uma grande contribuição à segurança alimentar do planeta, à exportação do nosso país, e nós não podemos ser capturados por narrativas que são travestidas de interesses ambientais, mas que, no final, estão refletindo interesses comerciais de alguns dos nossos concorrentes", declarou.
Mauro afirmou que os países desenvolvidos precisam começar a investir efetivamente na preservação promovida pelo Brasil, "já que muito pouco foi feito até agora depois de 29 COPs".
"Temos que compreender que o Brasil não pode ser o país 'não pode' daquilo que todos os grandes países do mundo fazem e não nos deixam fazer, utilizando de barreiras ambientais ou de argumentos pseudoambientais. Nessa COP, vamos colocar o dedo na ferida daqueles que sempre apontaram o dedo para o Brasil", concluiu.
(Com informações da assessoria)