O vereador Rafael Ranalli (PL) defendeu seu projeto de lei que determina o sexo biológico como único critério para definir o gênero de competidores em partidas esportivas oficiais em Cuiabá. Em sua justificativa, o parlamentar argumentou que a proposta visa proteger mulheres e garantir a justiça nas competições.
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“Se nasceu homem, tem que competir com homem. O cidadão nasceu homem, se sente mulher, tudo bem, mas no esporte vai ter que abrir mão. De alguma coisa, o cidadão tem que abrir mão”, declarou.
Durante sua fala, ele reforçou que a medida pretende evitar distorções que poderiam prejudicar atletas femininas.
“Não é justo um Ranalli aqui arrancar os bagos fora e disputar com a sua filha. Isso não tem condições, gente. É desumano, não é legal, e a gente vai defender sim as mulheres”, afirmou.
Ranalli citou um caso recente nos Estados Unidos em que atletas femininas se recusaram a competir contra uma mulher trans.
“A construção muscular da fisiologia masculina é totalmente diferente da mulher. Não tem cabimento. Se a menina treina a vida inteira para competir e, de repente, encontra dois barbados que decidiram ser Sheila do dia para a noite, isso não é justo”, argumentou.
O vereador também destacou que a Assembleia Legislativa de Alagoas já aprovou uma lei semelhante e espera que a proposta seja discutida e aprovada em Cuiabá. A votação sobre o parecer da CCJ acontece ainda nesta tarde, e Ranalli está articulando com os colegas para derrubá-lo e levar a matéria ao plenário.