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Domingo, 20 de abril de 2025

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Júlio Campos reforça teorias contra a esquerda, nega tentativa de golpe e defende anistia


O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) negou que tenha havido uma tentativa de golpe por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Em entrevista ao PodOlhar, Campos afirmou que a depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, teria sido orquestrada por infiltrados da esquerda. O parlamentar também defendeu a aprovação da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos, sem veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Veja bem, há duas visões: o pessoal do Lula, da esquerda, fala isso, e o pessoal do Bolsonaro desmente. Eu, Júlio José de Campos, não vejo como dar um golpe de Estado sem tanque de guerra, sem arma, sem militar. Qual foi o golpe que Jair Bolsonaro previu? Ele nem estava no Brasil”, declarou o deputado.

A tese de que a invasão ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto teria sido planejada pela esquerda já foi desmentida em investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Polícia Federal (PF). Conforme os autos do inquérito, os atos de vandalismo foram organizados em grupos de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, com incentivo de militares da alta cúpula.

Júlio Campos também criticou a condução das investigações e sugeriu que o ex-presidente Bolsonaro estaria sendo perseguido politicamente. "Por que o inquérito é sigiloso? Cadê as imagens da quebradeira? Quem quebrou o Palácio do Planalto? Foi o povo humilde que estava lá rezando ou foram subversivos infiltrados? Quem faz quebra-quebra é aquele pessoal que estava infiltrado no movimento", afirmou.

Ao defender a anistia aos responsáveis pelos ataques, Campos comparou a situação ao que chamou de "perdão" ao presidente Lula. “O Lula foi condenado pela Justiça Federal, teve condenação mantida pelo TRF, pelo STJ, e, depois, o Supremo deu uma canetada e absorveu. Então, se ele foi agraciado, está na hora de abrir o coração um pouco e pacificar o Brasil”.

No entanto, a anulação das condenações de Lula pelo STF não foi uma anistia, mas sim uma decisão baseada na incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar os casos do petista. Já a proposta de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro é amplamente criticada por especialistas em direito constitucional, que a consideram uma tentativa de impunidade para crimes contra a democracia.

Campos também avaliou que o radicalismo político tem causado divisões na sociedade e que a anistia poderia ser um passo para a conciliação. "Eu acho que já seria a primeira abertura para demonstrar. O Lula tem que demonstrar também que quer calma, que do jeito que está, começou o governo a decair", disse o deputado.

O projeto de anistia para os atos de 8 de janeiro ainda está em discussão no Congresso Nacional, enquanto os investigados seguem sendo processados pelo STF. O tribunal já proferiu diversas condenações, com penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.
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