Durante interrogatório na noite dessa quinta-feira (13), Nataly Hellen Pereira Martins confessou que cavou o buraco onde enterrou o corpo da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, antes da chegada da vítima à residência no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A declaração reforça a hipótese de que o crime foi premeditado.

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"Era 9h [quando Emelly chegou lá]. Demorou bastante porque eu falei que tinha saído, mas na verdade eu já tava lá, porque eu fui para poder cavar o buraco. Eu cavei antes de ela chegar", revelou Nataly.

Questionada sobre como realizou a escavação, a suspeita disse ter usado uma picareta pertencente ao irmão. "Nas ferramentas do meu irmão", declarou.

Nataly também contou que teve a ideia de cavar o buraco antes do crime.

A suspeita também declarou que Emelly chegou a comentar que "não estava bem" e que "não queria a filha". Foi a partir dessa conversa que ela decidiu agir, já que ela queria muito ser mãe, após ter sofrido um aborto há seis meses.

"Quando ela virou e falou que não tava legal, que ela não queria a filha e tudo. E eu queria. E aí eu tive... Eu tava procurando [alguém que quisesse doar filho] na rua, em casa de abrigo, pessoas que não queriam ter ninguém, porque eu queria ser mãe novamente e eu não posso. Só que eu não achei e teve essa oportunidade, infeliz, mas teve. E eu fiz, entendeu? Me arrependo", disse.

Nataly foi presa em flagrante e teve sua prisão convertida em preventiva, após passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (14). Além dela, outras três pessoas foram detidas, incluindo seu marido, mas foram liberadas na noite de ontem.

A perícia apontou que Emelly teve o bebê retirado do ventre ainda viva e morreu devido à grande perda de sangue.

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