Investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apontam que Gilmar Machado da Costa, conhecido como Gilmarzinho, morto em confronto com policiais na quinta-feira (20), assumiu a responsabilidade de guardar o dinheiro oriundo do tráfico após a prisão de Joadir Alves Gonçalves – o jogador. A informação consta no boletim de ocorrência que os policiais registraram após apreender mais de 700 papelotes de maconha em uma residência ao lado do imóvel que Gilmarzinho morreu, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá.
Leia também
Polícia encontra mais de 700 papelotes de maconha em casa vizinha a que Gilmarzinho foi morto; imóvel seria de comparsa
Jogador foi preso na Operação Ragnatela, deflagrada em junho de 2024 pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco). A ação policial tinha o objetivo de desmantelar um grupo criminoso que, segundo as investigações, utilizava casas noturnas para lavar dinheiro para uma facção criminosa.
A equipe investigativa apontou que Jogador exercia papel de destaque, autoridade e hierarquia na facção criminosa Comando Vermelho (CVMT).
Jogador, conforme foi levantado pelos investigadores, é representante da facção em alguns bairros de Cuiabá e Várzea Grande. Durante a análise dos dados telemáticos de um outro investigado, obteve-se a confirmação de que Jogador é o padrinho de diversos faccionados dentro da hierarquia da facção.
Depois da prisão, segundo os investigadores da GCCO, Gilmarzinho ficou incumbido de cuidar do recurso financeiro oriundo do tráfico.
Equiparado a Sandro Louco No mesmo caderno investigativo, os policiais explicaram que Jogador exercia função de peça principal do CV, sendo comparado ao líder máximo da organização criminosa, Sandro Rabelo da Silva – o Sandro Louco. A representatividade de Jogador era tamanha que um faccionado chegou a fazer um pedido desesperado para “gerenciar umas biqueiras”, pois estava passando dificuldade financeira com a família.
