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Terça-feira, 22 de abril de 2025

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Além de homenagear líder de facção morto pela polícia, Jefferson empregou filho do criminoso em seu gabinete

Foto: Câmara Municipal de Cuiabá

Vereador Jefferson homenageou faccionado e empregou o filho do criminoso

Vereador Jefferson homenageou faccionado e empregou o filho do criminoso

Levantamento realizado pelo Olhar Direto nesta sexta-feira (21) aponta que o filho de Gilmar Machado da Costa, o Gilmarzinho, morto em confronto com policiais na quinta-feira (20), trabalhou cerca de nove meses no gabinete do vereador Jefferson Siqueira (PSD), na Câmara Municipal. O jovem, que não terá o nome divulgado, exerceu a função de assessor parlamentar externo com um salário de R$ 2.250.


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A nomeação do filho de Gilmarzinho no Legislativo cuiabano foi publicada na Gazeta Municipal do dia 14 de fevereiro de 2024, tendo validade a partir do dia 9 de fevereiro. A exoneração do jovem foi publicada no Gazeta Municipal do dia 19 de novembro, passando a ter validade no dia 11 de novembro. Ou seja, cerca de 9 meses.
 
A informação chegou à reportagem um dia depois que policiais flagraram duas moções de aplauso que o vereador concedeu a Gilmarzinho. O homem, segundo a Polícia Civil, reagiu à abordagem e morreu em um confronto em sua residência, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá. O flagra ocorreu após a morte de Gilmarzinho.
 
Ao ser questionado por jornalistas, na quinta-feira, Jefferson disse que “uma coisa não tinha relação com a outra”. O parlamentar ainda explicou que em caso de moção de aplauso a triagem é feita pela sua assessoria. Ele ainda chamou Gilmar de “líder comunitário”.
 
“Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O fato de eu ter dado uma moção de aplauso, ele como líder comunitário e que nós ouvimos primeiramente antes de entregar a moção, a assessoria vai a campo, conversa com os moradores e ela vai listando vários nomes de pessoas que fazem ou faziam alguns serviços à comunidade”, defendeu-se.
 
A exoneração do filho de Gilmar ocorreu cinco dias depois que o então prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), foi à Assembleia Legislativa (ALMT) e disse que não entregaria a Mesa Diretora à facção Comando Vermelho (CVMT), ao Ministro da Agricultura (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), e ao então presidente da Casa de Leis estadual, Eduardo Botelho (União).
 
Na época, Abilio apoiava a candidatura de Paula Calil (PL), que disputava o comando do Legislativo cuiabano com Jefferson Siqueira, que sempre negou qualquer envolvimento com o grupo criminoso. A vereadora sagrou presidente da Câmara Municipal no dia 1º de janeiro.
 
Peneirado
 
Elizane Campos, esposa de Gilmar, negou que tenha ocorrido confronto entre ele e os policiais. Conforme a mulher, o esposo foi "peneirado" pelos agentes.
 
Conforme já noticiado pelo Olhar Direto, a equipe tinha contra Gilmarzinho, como era conhecido, um mandado de prisão preventiva e busca e apreensão na operação que investiga o esquema ilícito do Comando Vermelho de extorsão de comerciantes que vendem água potável.
 
Na ocorrência, os policiais relataram que ele estava armado com uma pistola e que, ‘com receio de injusta agressão’, dispararam contra o alvo.
 
Após o confronto, foram realizadas buscas no imóvel, e os policiais apreenderam um revólver, diversas munições, mais de 700 papelotes de maconha, dinheiro em espécie e vários documentos que comprovaram a ligação de Gilmar ao controle do esquema de extorsão.
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