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Terça-feira, 29 de abril de 2025

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Cacique Raoni quer reunião com Lula para pedir veto a exploração de petróleo na Amazônia

Foto: José Medeiros/GCOM MT

Cacique Raoni quer reunião com Lula para pedir veto a exploração de petróleo na Amazônia
O cacique Raoni Metuktire, líder dos kayapós, afirmou que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para pedir que o governo desista do projeto de exploração de petróleo na margem equatorial, região próxima à costa amazônica. O plano tem gerado críticas de ambientalistas, que alertam para possíveis impactos na maior floresta tropical do planeta.


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Raoni destacou que lembrará a Lula, que o convidou pessoalmente para sua posse em 2023, sobre o compromisso de avançar na demarcação das terras indígenas. Segundo ele, essa medida é essencial para garantir a sobrevivência dos povos originários e a preservação ambiental.

Nascido em data desconhecida, estima-se que Raoni tenha cerca de 90 anos. Ele passou a viver em Peixoto de Azevedo (MT) para cuidar da saúde, mas sempre residiu em Metuktire, uma aldeia de 400 habitantes localizada às margens do rio Xingu.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o líder kayapó disse esperar uma visita de Lula no início de abril, embora a data não tenha sido confirmada pelo governo. Em declaração à Agence France-Presse (AFP), concedida na língua kayapó e traduzida por um intérprete, Raoni expressou preocupação com as mudanças climáticas e seus efeitos na floresta.

"Já estou informado sobre isso e terei a oportunidade de me sentar com Lula para falar sobre o assunto. Pedirei a ele que não incentive esse projeto de exploração de petróleo na Amazônia. Há cada vez mais desmatamento, contaminação dos rios, épocas de chuvas que provocam enchentes e matam as plantas que dão alimentos. Todos nós somos cada vez mais afetados pelas mudanças climáticas", afirmou o cacique.

O projeto de exploração na margem equatorial é defendido pelo setor energético como uma alternativa para a economia brasileira, mas enfrenta resistência de organizações socioambientais e comunidades indígenas. A decisão final sobre a viabilidade da iniciativa está nas mãos do governo federal.
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