O presidente da Associação das Diversidades Intelectuais (Adin) de Tangará da Serra, Rui Alberto Wolfart, foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (26), sob suspeita de desviar cerca de R$ 2 milhões em doações da prefeitura municipal.
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A operação Neurodiverge cumpriu mandados de busca e apreensão, sequestro de bens (móveis e imóveis) e bloqueio de contas ligadas ao suspeito e à associação.
De acordo com o delegado Gustavo Espíndula, responsável pelas investigações, a Adin recebeu R$ 2 milhões apenas nos três primeiros meses deste ano da prefeitura de Tangará da Serra.
Além disso, a associação também recebia recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e do Ministério Público Estadual. "Tudo indica que houve apropriação de parte desses valores", afirmou o delegado.
As investigações apontam para possíveis crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, peculato e formação de organização criminosa. Além de Rui Alberto Wolfart, um filho do presidente da Adin e outros três funcionários da associação foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento.
A Polícia Civil informou que a investigação já estava em andamento há mais de seis meses, após o recebimento de uma denúncia.
O delegado afirmou que agora a preocupação é não interromper os serviços prestados pela associação. Segundo ele, a Justiça determinou a designação de um interventor para garantir a continuidade das atividades da Adin.