Em meio ao ruído de críticas e ataques direcionados à operação entre BRB e Banco Master, chama atenção o nível de contradição dos detratores. Na ânsia de politizar a transação, adversários e haters vêm costurando narrativas que, quando colocadas lado a lado, simplesmente não fecham.
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De um lado, tentam associar a operação ao governo Lula, alegando influência do ex-ministro Guido Mantega e suposta articulação de setores da esquerda. De outro, gritam contra a participação de figuras como Ciro Nogueira, expoente do centrão e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha — ambos claramente alinhados ao campo da direita.
O enredo, na prática, revela uma realidade curiosa: se há um componente político na operação, ele seria, paradoxalmente, suprapartidário. Afinal, como explicar que adversários históricos estariam, supostamente, "no mesmo barco" para viabilizar a compra do Banco Master pelo BRB?
A tentativa de politizar a operação esbarra no fato de que se trata de uma negociação de mercado, com apoio institucional de diferentes esferas e sem sinais evidentes de interferência político-partidária. Os próprios trâmites estão sendo conduzidos com transparência junto ao Banco Central e ao CADE, seguindo ritos normais de processos de fusões e aquisições.
O que se observa, de fato, é uma operação que incomoda o status quo. O fortalecimento do BRB, somado ao crescimento exponencial do Banco Master, coloca em xeque a hegemonia de grandes bancos, que veem um concorrente robusto emergir do Planalto Central.
Diante da ausência de argumentos técnicos sólidos, sobra aos críticos apelar para teorias conspiratórias e acusações genéricas. Só que, ao invés de gerar desconfiança, a própria inconsistência dos ataques acaba reforçando a percepção de que o movimento liderado por Daniel Vorcaro e pelo BRB tem, justamente, incomodado quem está acostumado a jogar com cartas marcadas.
E mais: quem está embarcando em fake news nesse episódio está agindo como peixinho adestrado para peixes grandes com claros interesses comerciais. Ao invés de questionar o que realmente está por trás das narrativas, repetem argumentos frágeis que só interessam aos gigantes do mercado financeiro.