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Polícia vai analisar vídeos para confrontar versão de que vítima tentou entrar em carro de procurador

13 Abr 2025 - 14:00

Da Redação - Bruna Barbosa / Do Local - Luis Vinicius

Foto: Olhar Direto

Polícia vai analisar vídeos para confrontar versão de que vítima tentou entrar em carro de procurador
Imagens de câmeras de segurança que estão em posse da Polícia Civil serão analisadas para apurar a versão do procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, de que Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, que vivia em situação de rua, teria feito menção de entrar na Land Rover do suspeito pelo vidro aberto. Ney Muller foi morto com um tiro no rosto na noite de quinta-feira (9), na avenida Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. 


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O delegado Edson Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), falou sobre o caso durante coletiva de imprensa na última sexta-feira (11). O procurador se apresentou na DHPP na tarde de quinta-feira (10) e teve a prisão mantida em audiência de custódia. 

“Como a gente apresentou apenas um vídeo ainda, quando a gente fez o flagrante tinha acabado de fazer a apreensão dos vídeos na UFMT. Ou seja, a gente ainda não analisou esses vídeos ainda, não deu tempo, a gente vai fazer a análise agora durante o inquérito”. 

De acordo com Edson, o vídeo apresentado no flagrante pela Polícia Civil, mostra apenas o momento em que Ney Muller é atingido por um disparo. “Mostra apenas a projeção do suspeito quando ele faz o disparo, então não tem como ver, ele fez essa projeção que o suspeito fala no seu interrogatório que ele fez, que ele fez menção de entrar dentro do veículo pelo vidro aberto”. 

O que aconteceu?

De acordo com a Polícia Civil, Ney Muller foi baleado e morreu na calçada da avenida Edgar Vieira. Luiz Eduardo alegou que a vítima teria jogado pedras contra sua Land Rover e outros veículos que estavam em um posto de combustível na região. O delegado Edson Pick afirmou que a polícia busca identificar testemunhas que presenciaram toda a sequência dos fatos.

Como o procurador foi preso?

Luiz Eduardo se apresentou espontaneamente na DHPP na tarde de quinta-feira (10). Ele passou a noite na delegacia e foi submetido a uma audiência de custódia na manhã de sexta-feira (11).

O que diz a polícia?

Segundo o delegado responsável pelo caso, a investigação agora se concentra na coleta de depoimentos de testemunhas e na checagem de imagens de câmeras de segurança. Também será verificado se o procurador realmente passou por dois pontos onde havia viaturas da Polícia Militar — na frente do Shopping Três Américas e no posto policial do bairro Boa Esperança — como alegou.

O que diz a defesa?

O advogado Rodrigo Pouso, que representa Luiz Eduardo, afirma que Ney estaria quebrando veículos com pedras momentos antes do crime e que o tiro não foi premeditado. “Essa pessoa (vítima) estava quebrando vários carros. Isso ocorreu antes do crime. Ele [Luiz Eduardo] não quis. Se quisesse [executar], teria feito isso quando passou pela primeira vez”, disse.

Qual a acusação?

O procurador foi autuado por homicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil e emboscada. A Justiça deve decidir nos próximos dias se ele responderá ao processo em liberdade ou permanecerá preso preventivamente.
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