A troca da equipe médica que operou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (13) surpreendeu muita gente, dada a longa relação entre o paciente e cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha de perto as complicações gastrointestinais do ex-presidente desde a facada levada durante a corrida presidencial de 2018. De acordo com a imprensa nacional, a morte da ex-deputada federal por Mato Grosso, Amália Barros (PL) teria sido fator determinante para a substituição.
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Amália era muito amiga da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que foi quem deu a última palavra na troca da equipe médica, com o aval do senador Flávio Bolsonato (PL-RJ), filho “número um” de Bolsonaro. Amália faleceu em maio de 2024, no Hospital Vila Nova Star, onde estava internada após cirurgia para retirada de um nódulo no pâncreas. A cirurgia foi comandada pela equipe de Antônio Luiz Macedo.
Procedimentos pós-cirúrgicos comandados pela equipe da cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar identificaram quadro de hemorragia em Amália, que precisou ser submetida a nova operação em caráter emergencial. O primeiro procedimento foi realizado no dia 1º de maio e o segundo no dia 3. Amália precisou passar por mais operações e morreu no dia 11, quando outra cirurgia estava agendada.
Michelle Bolsonaro e Amália Barros eram amigas. Morte da deputada de MT pesou na decisão de trocar equipe médica de Bolsonaro.
Segundo reportagens de Estadão e Uol, pessoas próximas ao núcleo familiar dos Bolsonaro afirmam que a morte de Amália pesou na escolha tomada por Michelle. Reportagem do portal Terra, publicada em 14 de abril, trouxe entrevista com Antônio Luiz Macedo sobre a mudança na equipe médica de Bolsonaro.
“Eu jamais neguei atendimento para ele, mas nessa ocasião – eu já o operei várias vezes em quadros graves (...). Mas, dessa vez, não sei se é coisa da dona Michelle, mas provavelmente é coisa da esposa e ela resolveu chamar um outro grupo para atende-lo”, afirmou.
O médico ainda revelou que sequer foi consultado sobre a decisão de trocar a equipe médica. “Foi uma não valorização do meu trabalho”, reclamou à reportagem. “Ele virou um ex-paciente, sinceramente”, finalizou.