O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que o Partido Liberal deve manter candidatura própria ao Governo de Mato Grosso em 2026, mas não descarta a possibilidade de composição com o União Brasil, sigla do governador Mauro Mendes. Segundo o parlamentar, a articulação conjunta seria uma vontade do grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente se Mauro optar por disputar o Senado.

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A declaração foi dada nesta segunda-feira (14), durante a abertura da feira agropecuária Norte Show, em Sinop.

Atualmente, o senador Wellington Fagundes (PL) percorre municípios do estado como pré-candidato ao governo. Ele poderá, no entanto, enfrentar disputa interna com o empresário Odílio Balbinotti, conhecido como “Rei da Semente”, que tem previsão de filiação ao partido, ainda sem data confirmada.

“No PL, só tem o Wellington, pois o Odílio não filiou ainda. Quando se trata de sojicultor, nunca dá para falar se esfriou ou não. O Blairo [Maggi] falou que não era candidato mais ou menos nessa data e quando chegou a convenção, se filiou a um partido, se candidatou e foi governador. A história está aí para nos mostrar e a política é muito dinâmica”, avaliou Medeiros.

Medeiros afirmou que o PL se considera fortalecido após as eleições municipais de 2024, quando conquistou prefeituras estratégicas como Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. O partido também espera ter candidatura ao Senado, caso Mauro Mendes confirme a intenção de deixar o governo ao fim do mandato para disputar uma vaga no Congresso.

“O presidente Jair Bolsonaro, inclusive, uma das decisões que ele optou por não lançar dois é nessa expectativa de que... Porque, geralmente, o governador se elege ao Senado. Então, a gente lança um e ele já passou para o Mauro. Já falou: ‘olha, Mauro, eu tenho interesse no Senado’. Nós temos um pré-candidato lá que é o Medeiros. E se der tudo certo, a gente vai ter a objeção de que seja feita uma composição. Essa conversa já foi feita pelo próprio Mauro”, disse o deputado.

Mauro Mendes, por sua vez, já declarou apoio à eventual candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Palácio Paiaguás. Em 2022, PL e União Brasil estiveram juntos na reeleição de Mauro ao governo e de Wellington ao Senado.

Apesar da sinalização de que o PL manterá candidatura própria, Medeiros reforçou que a política exige diálogo. “Ninguém desiste de ser candidato ao governo nesse momento. Isso aí, se tiver que abrir, vai ser lá nos 45 minutos das convenções. Eu penso que o PL está corretíssimo de pleitear a candidatura ao governo, pelo tamanho que saiu das eleições municipais. Mas, óbvio, política é feita de prosa. Então, tem muita prosa ainda. Tem muito cuspe para gastar daqui até lá”, concluiu.