O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que a disputa pelas duas vagas ao Senado por Mato Grosso, nas eleições de 2026, tende a ser mais acirrada do que a corrida ao Palácio Paiaguás. Cotado como um dos pré-candidatos da base bolsonarista, Medeiros disse que está percorrendo o estado e dialogando com lideranças, enquanto aguarda a definição do cenário em torno do governo estadual.
Leia também
“Com ou sem Bolsonaro, direita vai vencer em 2026”, afirma José Medeiros
“Nós estamos andando, conversando, indo nas prefeituras, conversando com as pessoas, esperando esse quadro de governo se desenrolar. Não existe candidatura de senador sem governo. Talvez a disputa mais difícil vá ser para o Senado e não para o governo”, declarou o parlamentar ao
Olhar Direto, durante a abertura da feira agropecuária Norte Show, em Sinop.
Entre os possíveis concorrentes à Câmara Alta, Medeiros citou nomes com longa trajetória na política local e nacional, como os senadores Jayme Campos (União) e Carlos Fávaro (PSD), a ex-deputada federal Rosa Neide (PT) e a deputada estadual Janaina Riva 9MDB).
Nos bastidores, o governador Mauro Mendes (União) é apontado como provável candidato ao Senado. A aproximação com o bolsonarismo tem sido percebida em recentes posicionamentos públicos e na participação em atos organizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como os eventos realizados na Avenida Paulista, em São Paulo, e em Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia a investigados pelos atos de 8 de janeiro.
Medeiros, no entanto, relativizou esse movimento e disse que, na política, o espaço é conquistado, não retirado. “Na política, ninguém tira nada de ninguém. Na verdade, se ele tirar, é porque eu já não tinha. Eu estou muito convicto do trabalho que eu fiz na defesa do Estado de Mato Grosso, das posições que tomei”, afirmou.
O deputado relembrou sua atuação em pautas de enfrentamento, como o pedido de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. “Fui o primeiro a entrar no impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Entrei com três pedidos contra ele, contra o Barroso. São poucas pessoas que têm coragem de fazer esse tipo de enfrentamento”, disse.
Ainda segundo ele, sua atuação é pautada no que considera ser a expectativa do eleitorado mato-grossense. “O eleitor de Mato Grosso quer coragem de fazer os embates necessários. Isso eu tenho feito”, concluiu.