Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam temporariamente um homem suspeito de ter participado do assassinato do advogado Renato Nery, em julho do ano passado, na Avenida Fernando Correa, em Cuiabá. Esse é o 7º suspeito preso por participação na execução.
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A investigação apontou que o suspeito, que não teve o nome revelado, teria dado suporte na empreitada criminosa. A equipe investigativa busca ainda a real participação do homem no crime, mas ele teria auxiliado o sargento da Polícia Militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva. Ambos estão presos suspeitos de envolvimento no crime.
A reportagem apurou que o 7º suspeito esteve no aluguel da chácara, foi de carro até a cidade de Barão de Melgaço (65 km de Cuiabá) buscar uma motocicleta, que foi utilizada para executar Nery.
Um veículo, de modelo não revelado, também foi apreendido. O suspeito deverá ser submetido à audiência de custódia para procedimentos.
Alex, por sua vez, nega que seja o assassino de Nery. De acordo com a DHPP, ele trabalha em um terreno que teria sido alugado por Heron.
Com eles, também foram presos quatro policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Metropolitanas (Rotam): Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Leonardo de Oliveira Penha e Wekerlley Benevides de Oliveira. Todos seguem presos.
A investigação da DHPP apontou também que Jorge, Wailson, Leonardo e Wekerlley teriam forjado um confronto para “plantar” a arma que matou Nery na suposta cena do crime. A intenção dos agentes, segundo a Polícia Civil, era desviar o rumo dos trabalhos investigativos.
O atentado contra Nery ocorreu no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Avenida Fernando Correa, em Cuiabá, em plena da luz do dia. Na madrugada do
dia 12 de julho, ou seja, sete dias depois, houve um confronto, na Avenida Contorno Leste, na Capital, em que um homem teria morrido após resistir.
Na ocasião, um adolescente de 16 anos também ficou ferido, e foi apreendido. Na ocasião, policiais da DHPP que foram acionados para liberarem o corpo recolheram duas armas de fogo. Os dois objetos foram submetidos a exame de balística, que apontou que uma das armas havia sido utilizada para matar o advogado. A motivação do assassinato, no entanto, ainda não foi revelada.