Durante a abertura da Norte Show, feira agropecuária realizada em Sinop, nesta segunda-feira (14), o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), evitou se colocar como protagonista nas articulações políticas para as eleições de 2026. Apesar de ser uma das principais lideranças da direita em Mato Grosso, afirmou que seguirá as definições partidárias do PL.
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“Eu sou do PL, Partido do Presidente Bolsonaro. As definições que saírem do PL são as minhas definições. Então eu nem entro nessa discussão sobre outros projetos de outros partidos, porque a discussão nossa é o projeto do nosso partido”, disse Abílio em entrevista ao site Olhar Direto.
O PL já tem uma pré-candidatura posta ao governo do Estado, a do senador Wellington Fagundes, e aguarda a possível filiação do empresário Odílio Balbinotti, conhecido por financiar campanhas de direita, como as do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, e também as do próprio Abílio e de sua esposa, a vereadora Samantha Iris (PL).
“Se vai ser Wellington, se vai ser o Odílio, se vai ser algum outro nome, a gente não tem ideia sobre isso ainda. A gente está estudando, avaliando toda a situação. E para o Senado a gente já tem uma prospecção, que é o José Medeiros, o nosso pré-candidato ao Senado”, afirmou.
Apesar da relação próxima com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) — que manifestou apoio público a Abílio no segundo turno da eleição de 2024 e é apontado como possível sucessor de Mauro Mendes (União) —, o prefeito evitou cravar qualquer tipo de aliança com outras legendas neste momento.
“Eu acho que não é quem precisa mais de quem. Eu acho que é qual as circunstâncias do momento. Vai depender da situação em 2026, como vai ser a União Brasil com o posicionamento político a nível nacional que o União Brasil vai ter”, ponderou.
Em 2022, PL e União Brasil estiveram no mesmo palanque, com as reeleições de Mauro Mendes ao governo e Wellington Fagundes ao Senado. Nas últimas semanas, Mauro tem intensificado a aproximação com o eleitorado bolsonarista, marcando presença em eventos convocados por Bolsonaro em Copacabana e na Avenida Paulista, em defesa da anistia a condenados pelos atos do 8 de Janeiro.
Ao comentar essa relação, Abílio indicou que eventuais alianças dependerão do contexto eleitoral local. “Nós tivemos no primeiro turno das eleições de 2024, União e o PL trabalhando em grupos diferentes. E o resultado, nesse caso, foi mais favorável para o PL em alguns municípios e mais favorável à União em outros. Então depende das circunstâncias locais e do momento político.”