O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou que o parlamento não aceitará o fechamento da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá após o fim do período de gestão do governo estadual. Em reunião recente com o governador Mauro Mendes (União), Russi e outros parlamentares levaram a proposta de que o Executivo compre o prédio e o doe à Prefeitura de Cuiabá, que já demonstrou interesse em assumir a unidade.
Leia também
Mauro Mendes nega recuo e reafirma defesa do confisco de terras por crimes ambientais: ‘tem que ser combatido’
“Ele pediu, inclusive a gente veio trazer essa cobrança aqui, que o governo compra a Santa Casa e doe ao município de Cuiabá. Não sei se vai ser esse o caminho. A gente tem que pensar que a saúde de Cuiabá precisa melhorar. Será que o Cuiabá tem condição financeira? Mas o prefeito tem vontade, quer isso e a Assembleia apoia”, disse.
O presidente destacou que essa possível compra ajudaria também a resolver pendências trabalhistas da instituição, e que a negociação sobre o valor ainda está em aberto.
“A gente não quer que o governo compre? É bom, ajuda a pagar o trabalhador e a gente mantém a Santa Casa aberta. Houve um pedido ali atrás de 25 milhões, mas isso aí vai ser discutido. Não quer dizer que porque pediu... você vai vender um carro, você perdeu, o meu carro vale 100 mil. Não quer dizer que vale 100 mil, você vai dar os 100 mil. Você oferece 80, 70, 60, você vai negociar”, ressaltou.
Apesar de considerar a proposta viável, Max disse que o governador também tem outra alternativa em análise, que ainda não foi revelada aos deputados. Ele garantiu, no entanto, que a Assembleia será a primeira a saber quando a decisão for tomada.
“Se o governo entender, o governo tem duas opções. Essa é uma opção, tem outra opção que o governador não revelou para nós. E quando ele decidir por essa opção, ele vai chamar a Assembleia para comunicar em primeira mão”, comentou.
O presidente também aproveitou para reforçar que a luta é pela manutenção do atendimento da Santa Casa e pela ampliação da rede pública, especialmente voltada às crianças.
“Eu defendo: nós precisamos do Hospital Infantil em Cuiabá. Nós precisamos disso, isso é uma demanda que me preocupa muito, o atendimento às nossas crianças. Quem é pai, quem é avô sabe: quando uma criança está com febre, está ruim, é angústia, porque não fala, não consegue expressar. Nós precisamos melhorar isso na nossa capital. Infelizmente é um ponto frágil ainda na nossa estrutura de saúde”, ressaltou.