A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), comentou a repercussão da moção de repúdio aprovada pela Casa contra os 13 deputados estaduais que votaram pela derrubada do veto do governador Mauro Mendes (União) à lei que autoriza a instalação de mercadinhos em presídios. Apesar de defender o posicionamento dos parlamentares municipais, Paula afirmou ter ficado triste com o desgaste causado entre os poderes.
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“Confesso que eu fiquei triste com essa situação, onde houve essas duas, como é que eu vou falar, divergências”, afirmou.
A fala da presidente da Câmara acontece após o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), criticar duramente a moção, chegando a se referir à Câmara de Cuiabá como “Casa dos Horrores”.
Paula, no entanto, reforçou que os vereadores têm legitimidade para se manifestar sobre o tema, especialmente por conta da localização das duas principais unidades prisionais do Estado na capital.
“Os vereadores de Cuiabá têm que estar preocupados também com essa causa, uma vez que as duas unidades maiores que nós temos no Estado prisionais estão dentro do nosso município, e isso é uma preocupação. Então é legítima a nota que os vereadores votaram e propuseram aqui nesta casa”, disse.
A moção de repúdio, apresentada pelo vereador Dilemário Alencar (União), ganhou repercussão após os vereadores questionarem a votação secreta que permitiu a aprovação da nova lei na Assembleia.
A crítica foi o argumento de que a medida beneficia detentos e ignora o sentimento de insegurança da população. A Câmara, como reforçou Dilemário na sessão, apenas “expressou a indignação do povo cuiabano”.