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Quinta-feira, 12 de junho de 2025

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Senadora questiona voto secreto de deputados estaduais: “A quem interessa?”

Foto: Senado Federal

Senadora questiona voto secreto de deputados estaduais: “A quem interessa?”
A senadora Margareth Buzetti (PSD) fez duras críticas ao uso do voto secreto por parlamentares da Assembleia Legislativa (ALMT) na análise de vetos do Executivo. Em publicação nas redes sociais, nesta terça-feira (22), a parlamentar questionou a legitimidade da prática, especialmente quando envolve temas de interesse direto da sociedade.


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“No Senado e na Câmara, as únicas votações secretas são para autoridades (o que eu acho um absurdo). Por que, em algumas Assembleias Legislativas, como a nossa de Mato Grosso, ainda existe votação secreta para projetos que afetam a vida de todo mundo? A quem interessa o voto secreto? Deixe sua opinião nos comentários”, escreveu Buzetti em seu perfil no Instagram.

O debate foi reacendido após a Casa de Leis derrubar, por 13 votos a 10, o veto do governador Mauro Mendes (União) ao projeto de lei que autoriza o funcionamento de cantinas em unidades prisionais. A votação, realizada sob sigilo, provocou reação por parte do Executivo.

Mendes criticou abertamente o voto secreto, afirmando que ele não deveria ser utilizado em matérias que ultrapassam os limites internos da Casa de Leis. “Quando o deputado vota alguma coisa que tem a ver com a vida de todos os cidadãos, ele tem que expor a opinião. Não é justo que ele se omita através de um voto secreto”, afirmou o governador. Em tom de cobrança, completou: “Quem são os 13 deputados que são a favor de mercadinho para preso?”

Na contramão das críticas, o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), saiu em defesa da prática. Para ele, o sigilo do voto é uma ferramenta legítima que assegura independência aos parlamentares, especialmente diante da pressão exercida pelo Executivo estadual.

“Eu defendo o voto secreto. É uma análise errada. Se tiver voto aberto, nunca vai derrubar o veto. Como é que se derruba o veto com 22 deputados na base? Nunca vai derrubar”, disse Russi. “Para a democracia, é importante ter o voto secreto para poder derrubar, para poder contrariar, para poder votar a favor da população, porque senão a grande maioria das votações vai ser chapa branca e eu não concordo com isso.”

O parlamentar acrescentou que, apesar de o discurso pelo voto aberto soar bem ao público, a realidade é marcada por pressões políticas e econômicas. “Essa é uma discussão bonita pra fora, mas a realidade é outra. Se eu fosse o governador, eu também iria querer o voto aberto, porque aí tem a máquina, o poder, a influência, a troca de emenda, e isso é muito forte", opinou.
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