O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou que não se arrepende da declaração feita por ele no início deste mês – quando disse que tem “saudade de ver, no Senado Federal, quadros com alta capacidade intelectual que mexam com o sentimento do brasileiro".

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A declaração foi feita nesta terça-feira (22), ao responder à réplica do senador Jayme Campos (UNIÃO), que, sem citar nomes, defendeu o perfil de político "resolutivo", voltado à destinação de recursos e atendimento às demandas locais.

"O senador intelectual, muitas das vezes, não é resolutivo. O que os prefeitos e a população querem é político resolutivo, que traga investimentos. Eu sou um político resolutivo. Não estou lá para fazer politicalha, nem vender minha consciência", disse Jayme em discurso em evento do governo no último dia 11.

Hoje, em entrevista, Pivetta foi questionado sobrea  fala do seandor e afirmou que não utilizou tais palavras e declarou que vê 'muito interesse descolado'. Ele reafirmou também que não se arrepende das palavras que disse.

"Em nenhum momento falei com essas palavras. Falei que tenho saudades do tempo em que as personalidades do Senado discutiam o Brasil na essência, nos problemas. Hoje vejo muito interesse deslocado do eixo central, que é o cuidado dos interesses do Brasil como um todo”, respondeu Pivetta. 

“Acho que o senador Jayme tem todo o direito de falar o que pensa, assim como eu tenho. É assim que se faz democracia: cada um fala o que pensa, com responsabilidade. Não me arrependo de nada do que falei. Tenho convicção. E sonho em ter cada vez melhores políticos na política – é para isso que votamos, para fazer melhor do que fizemos no passado. E a obrigação dos que vêm é fazer melhor do que estamos fazendo hoje."

O impasse entre os dois ocorre em meio ao cenário pré-eleitoral e pode repetir disputas internas dentro do União Brasil em Mato Grosso. Isso porque Mauro já declarou apoio a Pivetta como possível candidato ao governo do estado em 2026, posição que gerou insatisfação entre aliados de Jayme . 

O senador, por sua vez, tem sinalizado que também pode disputar o cargo e tem armado publicamente que a decisão sobre o futuro do partido não cabe apenas ao governador.