Subiu um degrau de tensão a disputa política entre Câmara Municipal de Várzea Grande e Prefeitura por conta do comando do Departamento de Água e Esgoto (DAE). Nesta quarta-feira (23), o presidente do Legislativo Municipal, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), ‘pediu a cabeça’ do presidente do DAE, coronel Sandro Azambuja e alegou grande dificuldade de diálogo.
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Horas depois, a prefeita Flávia Moretti respondeu que não vai fazer a mudança pedida pelo vereador. Cerqueira reclamou que os parlamentares são cobrados pelos problemas do município, como a falta d’água, mas que, não tem nem o telefone do presidente do DAE para dialogar. “Ele não me pediu [o telefone], senão eu tinha dado. Eu tenho dois”, minimizou Flávia Moretti.
Mesmo com a postura irredutível da prefeita, Cerqueira fala como se a queda de Sandro Azambuja fosse questão de tempo.
“O presidente do DAE vai ter que trocar porque ele não tem um diálogo com a Câmara e hoje a Câmara é uma caixa de ressonância da cidade, onde os problemas chegam todos na Câmara. A falta de água chega para os vereadores. Então os vereadores sabem da situação, conhecem Várzea Grande, foram eleitos em Várzea Grande e eu acredito que tem que mudar porque o diálogo dele com a Câmara é muito ruim”, argumentou Cerqueira.
“Não dá [para o coronel continua no comando do DAE]. Ele não muda [de postura] porque ficou de passar o telefone pra mim. Acho que há 60 dias ele ia trocar o número dele e passar para mim e até hoje ele não passou o número para o presidente da Câmara, você acha que ele vai mudar? Eu acho que ela vai mudar [o comando do DAE], tem que mudar. Não tem como ficar com um homem que nem o presidente da Câmara conseguiu o telefone dele”, finalizou.
Para Flávia, não há motivo para a troca. E se o problema é dificuldade no diálogo, ela se compromete a construir a ponte. “Sim, estou conversando com o coronel todos os dias e ai se o Wanderley quer conversar com ele, a gente vai conversar. Não tem problema não. Eu faço uma agenda”, declarou.
“Eu não tenho ainda nome para substituição e nem o porquê substituir, em sentido do que? Porque o problema não é a pessoa, o problema é o DAE, é o sistema, é o jeito que o DAE está depredado, que não tem recurso, das bombas que pifam, de todo um sistema de água a esgoto que eu estou lutando contra isso”, defendeu a prefeita.