A recente votação secreta que derrubou o veto do governador Mauro Mendes (União) sobre a permanência de mercadinhos dentro dos presídios reacendeu a polêmica sobre o modelo adotado pela Assembleia Legislativa. Em meio às críticas, o deputado Eduardo Botelho (União) saiu em defesa da prática, argumentando que ela garante a liberdade e a independência do parlamentar no momento do voto.

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“Faz parte do processo legislativo. Eu acho muito importante a derrubada de veto, conta de governo, tudo ser voto secreto. Ali naquele momento o deputado vota livre de pressão, vota com a consciência dele. Eu acho muito importante para a democracia aquilo ali”, disse.

Para Botelho, a votação secreta é um modelo essencial para blindar os deputados de influências externas, sejam elas do Executivo ou de pressões populares vindas das galerias da Casa.

“Tem que ser secreto para ele votar só com a consciência dele, livre de pressão de galeria, livre de pressão de governo, livre de pressão de qualquer lado que seja. Ele vota com a consciência dele, que ele entende que é melhor”, ressaltou.

Segundo o deputado, muitos colegas que inicialmente eram contrários ao voto secreto mudaram de opinião ao perceberem, na prática, os benefícios do sistema para a autonomia do Legislativo.

“Defendo o voto secreto, defendo a continuidade dele. Tem alguns deputados que eram contra quando entraram na Assembleia, depois eles viram a importância disso e hoje não são mais contra, são a favor”, defendeu.

Botelho reconhece que o clamor público influencia diretamente na postura dos parlamentares durante as votações.

“Claro que pode! Quantas vezes o cara muda o voto quando está lá a galeria cheia e o povo gritando? Claro que muda, claro que influencia, influencia todo mundo”, destacou.