A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou nesta sexta-feira (25) que não há condições financeiras para implantar tarifa zero no transporte público do município aos domingos, como anunciado pelo prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL). Segundo a gestora, a realidade orçamentária de Várzea Grande exige foco em investimentos em infraestrutura e recuperação da malha viária.
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“Eu não tenho condições financeiras para isso. Várzea Grande precisa de obras de infraestrutura e nós precisamos investir na infraestrutura, no recapeamento de todo o asfalto praticamente, da malha viária do município. A realidade de Várzea Grande é diferente da realidade de Cuiabá”, afirmou Flávia em entrevista à imprensa.
O projeto da tarifa zero aos domingos e feriados foi aprovado em regime de urgência pela Câmara de Cuiabá na quinta-feira (24) e, de acordo com Abílio, começará a valer já no próximo feriado, em 1º de maio, Dia do Trabalhador. A proposta não prevê impacto no valor da passagem durante os dias úteis e, segundo o prefeito da capital, será financiada com base em ajustes de contratos administrativos, como os da área de Tecnologia da Informação (TI).
Abílio garantiu que não haverá aumento da tarifa nos quatro anos de sua gestão e estimou que o sistema de transporte público custa cerca de R$ 140 milhões por ano aos cofres municipais.
Apesar de também ser administrada por um gestor do PL, Várzea Grande enfrenta limitações orçamentárias que, segundo Flávia, impossibilitam a adoção da mesma medida no momento. A prefeitura tem priorizado ações voltadas à infraestrutura urbana, sobretudo na recuperação do asfalto de bairros e principais vias da cidade.
A proposta de tarifa zero, já implementada em outras cidades do país, é vista por seus defensores como forma de incentivo à mobilidade urbana e acesso ao lazer e serviços nos fins de semana, especialmente para a população de baixa renda. Em Várzea Grande, entretanto, não há previsão para que um projeto semelhante seja discutido.