O delegado da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva), Guilherme Bertoli, informou que vai investigar se a adolescente de 16 anos, Heloysa Maria Alencastro, foi abusada sexualmente na quarta-feira (22), quando foi morta asfixiada e teve o corpo jogado em um poço de Cuiabá.
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Conforme a autoridade policial, o laudo pericial apontou que há lesões compatíveis com atos libidinosos sem rompimento do hímen. De acordo com o laudo, é necessário aguardar os exames laboratoriais para afirmar se houve conjunção carnal.
Foram coletadas algumas amostras que devem apontar quem seria o responsável pelo crime. Foram coletadas amostras de secreções e material biológico no canal vaginal e anal da vítima. Agora, a Perícia Técnica (Politec) aguarda os resultados. O laudo oficial deve ser concluído em até 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
Entenda o crime
O caso aconteceu na terça-feira (22). Gustavo Benedito Junior Lara Santana, de 18 anos, que é filho de Benedito, afirmou que o pai ligou para ele pedindo ajuda para cometer o crime, dizendo que "não tinha como voltar atrás". Por volta das 15h, Benedito levou os suspeitos até a casa em uma Fiat Toro e permaneceram aguardando a chegada de Heloysa e a mãe dela.
Heloysa foi surpreendida pelos criminosos e agredida. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a morte da menor ocorreu por asfixia mecânica, sendo que um cabo USB foi usado no pescoço dela. A adolescente foi assassinada antes da chegada da mãe dela.
O filho de Benedito relatou ainda que a ordem para enforcar a menor foi dada pelo pai, que saiu da propriedade para atender a um chamado do trabalho. Já no início da noite, a mãe de Heloysa chegou à propriedade e foi surpreendida pelos agressores.
Na ocasião, ela estava na companhia de outra mulher e uma criança que foram poupadas. A mãe de Heloysa foi brutalmente espancada pelos criminosos e teve várias lesões, principalmente na região do rosto. Enquanto os comparsas estavam na casa, Benedito realizou um telefonema para revogar a execução da mãe de Heloysa, que foi abandonada no imóvel.
Com isso, os criminosos roubaram o HB20 e colocaram diversos eletrônicos no veículo. Na ocasião, os suspeitos exigiram a realização de um PIX que só não ocorreu porque os suspeitos acabaram perdendo a senha conseguida mediante a violência e grave ameaça. O corpo de Heloysa foi levado até uma região no bairro Ribeirão do Lipa e jogado em um poço. O grupo envolvido no crime foi localizado pela Polícia Civil.