O coronel Sandro Azambuja não é mais o diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande. Ele será, no entanto, remanejado para um cargo na Secretaria de Viação, Obras e Urbanismo do município pela prefeita Flávia Moretti (PL), que adiantou na manhã desta sexta-feira (25) que já procurava um substituto para o militar.
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A autarquia será comandada de forma interina pelo servidor efetivo Willian Douglas dos Reis, atual diretor de Operações do DAE. O nome comandante do departamento será escolhido pelo vice-prefeito, Tião da Zaeli (PL). Moretti deverá avalizar a indicação.
Ao Olhar Direto, nesta sexta, a prefeita adiantou que procura um nome “técnico” para assumir o posto.
“Nós procuramos simplesmente fortalecer o Departamento de Água e Esgoto, até que a gente consiga fazer a concessão de água, que a gente está na programação da assinatura já do contrato da FIP. Então, o fortalecimento do DAE é trazer novos engenheiros, novos técnicos que conhecem os sistemas, outros que saíram, que vão voltar, mas pessoas para fortalecer e nos ajudar a entender o sistema de saneamento do nosso município, que realmente é muito arcaico”, declarou Flavia.
Pressão
A sinalização da prefeita ocorre em meio a pressões políticas. Na última terça-feira (22), o
presidente da Câmara Municipal, vereador Wanderley Cerqueira (MDB), armou publicamente que Azambuja não reúne mais condições de permanecer no cargo. Segundo o parlamentar, a falta de diálogo com os vereadores foi determinante para o desgaste na relação entre o Legislativo e a direção do DAE.
A mudança de tom da prefeita ocorre poucos dias depois de ela própria ter negado qualquer alteração na gestão da autarquia. Em declaração anterior, armou que o coronel seguiria no cargo até nova deliberação. A busca por um novo nome técnico, no entanto, sinaliza que a substituição de Azambuja já está em curso.
O DAE-VG é responsável pela captação, tratamento e distribuição de água no município, além da coleta e tratamento de esgoto. A autarquia é alvo de críticas da população devido a interrupções no fornecimento e falhas na infraestrutura. A concessão dos serviços à iniciativa privada é uma das propostas da atual gestão para enfrentar os problemas históricos do saneamento na cidade.