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PERÍODO DE EMERGÊNCIA

Presidente do TCE defende terceiro turno e contratação de mão de obra de outros estados para acelerar BRT em Cuiabá

28 Abr 2025 - 11:28

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Jardel Arruda

Foto: Olhar Direto

Presidente do TCE defende terceiro turno e contratação de mão de obra de outros estados para acelerar BRT em Cuiabá
O presidente do Tribunal de Contas (TCE-MT), Sérgio Ricardo, voltou a defender a adoção do terceiro turno nas obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em Cuiabá. Durante vistoria aos trechos retomados pelo Consórcio BRT, Sérgio afirmou que a medida é necessária para garantir a conclusão do modal até o início de 2026.


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Sérgio Ricardo, que é relator de oito processos ligados ao modal, destacou avanços após o novo acordo firmado entre o governo estadual e o Consórcio BRT, mas apontou a necessidade de reforço na mão de obra. Segundo ele, será preciso buscar trabalhadores em outros estados diante da dificuldade de encontrar profissionais disponíveis na capital mato-grossense.

"Já está na praça o edital para a obra de drenagem na Prainha, que era um obstáculo intransponível e nem estava prevista no início", disse. O presidente do TCE informou que nos próximos dias será realizada uma reunião com todas as empresas envolvidas na execução do BRT para apresentação dos cronogramas diários de trabalho.

Sérgio também ressaltou a importância da fiscalização dos projetos de engenharia. "Não conheço a empresa de projeto. Uma coisa mais importante que a execução é o projeto. Estamos convocando as empresas que estão trabalhando e, se existe, a empresa que fez a elaboração do projeto da obra total", afirmou.

O presidente do TCE relembrou que a previsão inicial era de que as obras estivessem concluídas em novembro de 202, mas atualmente nem 20% dos serviços foram entregues. Ele atribuiu os atrasos a erros diversos, mas frisou que o foco agora deve ser a retomada e a conclusão dos trabalhos. "Não dá para ficar chorando pelo leite derramado. É fazer diferente daqui para frente", declarou.

Sobre o terceiro turno, Sérgio Ricardo reforçou que a estratégia precisa ser implantada em todos os canteiros de obra, mesmo diante de eventuais reclamações de moradores próximos. "Não tenho visto terceiro turno. Nessa semana de Páscoa não vi trabalho no final de semana. Estamos num momento de emergência. Por isso, precisa fazer o terceiro turno", cobrou.

Ele também citou a experiência das obras da Ferrogrão, onde, segundo ele, a maioria dos 7 mil funcionários atuantes são de fora de Mato Grosso. "Não adianta procurar mão de obra em Cuiabá. Não encontra nem ajudante de obra. As empresas terão que procurar em outros estados", afirmou.

O BRT de Cuiabá passou por uma reestruturação recente após a rescisão do contrato anterior com o consórcio responsável. O governo do estado recebeu aval do TCE-MT para lançar novos editais de contratação. O atual consórcio tem o prazo de 150 dias para concluir as obras no trecho que vai da entrada do bairro Morada da Serra (CPA) até o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), na avenida Historiador Rubens de Mendonça.

Pelo acordo firmado, o Consórcio BRT se compromete a concluir as obras nos trechos mencionados sob pena de multa de R$ 52 milhões, caso as regras não sejam cumpridas. A empresa também deve corrigir todas as não conformidades executivas e pendências identificadas. Em contrapartida, o governo do estado irá realizar os pagamentos pelos serviços ainda pendentes e suspenderá a multa anteriormente aplicada por inexecução parcial do projeto.
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