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Quinta-feira, 15 de maio de 2025

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Esquema de propina em empreiteira contratada para obras no Contorno Leste teve aval de empresário, diz Polícia

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Esquema de propina em empreiteira contratada para obras no Contorno Leste teve aval de empresário, diz Polícia
As investigações da Operação Perfídia, que mira os vereadores de Cuiabá Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) por suposto envolvimento em corrupção e recebimento de propina na construção da Avenida Contorno Leste, em Cuiabá, indicam que um dos sócios da empresa HB20 Construções - responsável pelas obras --, identificado como Orlando da Silva Vieira, teria conhecimento e concordado com o esquema, segundo a Polícia Civil. Os dois parlamentares estão afastados do cargo e proibido de acessar as dependencias da Camara. 


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A informação consta na decisão da juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), responsável por autorizar a Operação Perfídia, deflagrada nesta terça-feira (29) contra Chico 2000, Joelson e José Márcio da Silva Cunha, acusado de também atuar como intermediador no caso.  Os dois parlamentares estão afastados do cargo e proibido de acessar as dependências da Câmara Municipal. 

Segundo trecho da decisão, o inquérito policial descreve minuciosamente as atividades criminosas, em tese, praticadas, incluindo registros de conversas via WhatsApp que corroboram a solicitação de vantagem indevida e o recebimento de valores ilícitos pelo Sargento Joelson, com o aval do então Presidente da Câmara Municipal, o vereador Chico 2000. 

A decisão ainda fala na exitência de áudios que "indicam e corroboram" o contato com o funcionário da empresa HB20, João Jorge, "que viabilizou o pagamento do montante, com a anuência do proprietário da empresa beneficiária, o Sr. Orlando".

Inquérito que embasou a ofensiva policial foi instaurado com base em denúncia feita pelo então deputado federal e atual prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). A acusação trata de suposto esquema de corrupção envolvendo a empresa e os vereadores.

A empresa alvo foi contratada para obras de drenagem e pavimentação da Avenida Contorno Leste, e teria repassado R$ 250 mil em propina para os parlamentares, com intuito de receber vantagens financeiras. Parte desse valor — R$ 150 mil — foi transferida diretamente para a conta de José Márcio. A quantia restante teria sido entregue em espécie ao vereador Joelson, de acordo com os autos.

O operador da movimentação financeira seria João Jorge Souza Catalan Mesquita, funcionário da construtora, que teria articulado o envio dos recursos com o objetivo de garantir o apoio dos parlamentares na tramitação e aprovação de uma certidão de parcelamento fiscal. Essa medida permitiria à Prefeitura quitar débitos com a HB 20 e, assim, liberar pagamentos referentes às obras já realizadas.

Em nota, a emrpesa afirma que não autorizou, pactuou ou participou de qualquer tratativa, direta ou indireta, relacionada a repasses ilícitos ou condutas que afrontem a ética e a legalidade.

Diz ainda que João Jorge Souza Catalan Mesquita, citado como interlocutor em supostos pagamentos, nunca teve poderes legais ou autorização formal para representar a empresa em qualquer negociação externa, especialmente de natureza institucional. "Ele era apenas um prestador de serviços como qualquer outro", diz trecho da nota. 

"A tentativa de envolver o nome da empresa em atos isolados e ilegais, supostamente praticados por terceiros que agiram à margem de qualquer autorização, é vista com extrema gravidade pela atual diretoria, que colaborará com as autoridades sempre que necessário para o total esclarecimento dos fatos".

"Repudiamos qualquer tentativa de manipulação ou distorção de fatos para criar narrativas que sirvam como cortina de fumaça para acobertar desvios de conduta individuais. A empresa não se submeterá a pressões, chantagens, extorsões ou insinuações levianas. É de total interesse da empresa esclarecer os fatos e chegar à verdade real de toda essa situação, inclusive para que o verdadeiro responsável seja punido seja quem for", finaliza. 




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