O deputado estadual Júlio Campos (União) classificou como “lamentável” e “ridiculamente improvisada” a decisão da Câmara Federal de aumentar o número de cadeiras de 513 para 531.
A medida, aprovada sob a justificativa de atualização populacional com base no Censo de 2022, prevê o acréscimo de vagas sem redução nas bancadas dos estados que perderam população, como determina a legislação atual.
“Brasil, o país do não cumprimento da lei e da improvisação. É o meu protesto”, disse.
Segundo Campos, a medida contraria a regra legal de redistribuição proporcional das cadeiras, desrespeitando o ordenamento jurídico e criando despesas desnecessárias para o país.
“Eu acho lamentável a decisão da Câmara dos Deputados, em vez de cumprir a lei, que determina que os estados que perdem população perdem bancada, perdem deputados federais”, explicou.
“Ridicularmente, ao invés de cumprir a lei, a determinação que manda, que determinado estado, que está com uma bancada super aumentada, reduz a sua bancada e os estados que estão com menos bancada do que merecem, recebam esses deputados. Não. Estão inventando uma fórmula nova de criar mais vagas da Câmara dos Deputados com custo de quase dois milhões e meio por parlamentar. Isso é muito ruim”, acrescentou.
Júlio ainda comparou o Brasil aos Estados Unidos, que têm um número proporcionalmente menor de parlamentares federais, apesar da população muito superior.
“Se eu tivesse em Brasília como deputado ou senador, eu votaria contra essa anarquia de aumentar mais deputados federais sem precisar. Estados Unidos é uma nação que tem 350 milhões de habitantes, tem 500 deputados federais. O Brasil, com 230 milhões de habitantes, já vai para 530, 500 e poucos”, argumentou.
Mesmo com duras críticas à decisão da Câmara, o deputado reconheceu que Mato Grosso deve ser beneficiado com a criação de uma nova cadeira, o que refletirá automaticamente no aumento do número de deputados estaduais na Assembleia Legislativa, conforme determina a Constituição Federal.
“Eu acho que vai aumentar. Se aumentar um deputado federal, aumenta três deputados estaduais. É constitucional e é de lei. Acredito que 4% também é melhor, porque nós teremos mais um deputado federal. Em Brasília, vamos conseguir trazer mais recursos para a população”, disse.
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