O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou em entrevista coletiva nesta semana que o antagonismo protagonizado entre PSDB e PT no início deste século fez parecer com que os dois partidos pertencessem a espectros ideológicos opostos. Entretanto, diz ele, o tempo mostrou que, na verdade, as duas legendas são iguais e que caminham lado a lado.
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“Não sabemos qual é o mais socialista, se é o PSDB ou o PT”, disse o vice-governador quando comentava sobre as tratativas e conversas entre o seu partido e o MDB para a formação de uma federação partidária.
“Olha, é muito recente no Brasil essa posição do extremismo de direita e esquerda, muito recente. Nós nos criamos e fomos apresentados à política - na verdade na virada do milênio -- com o PT contra o PSDB, que protagonizaram um período de antagonismo que parecia ser um ao contrário do outro. Nós estamos vendo ao longo do tempo que os dois são iguais. Não sabemos qual é o mais socialista, se é o PSDB ou o PT”, disse .
Pivetta afirmou que fez essa observação somente para dizer que tudo muda e que a política “é muito dinâmica". “E nós também, nós como seres humanos e como sociedade, a gente muda de endereço, a gente muda o pensamento, a gente se arrepende de algumas coisas que fez, e nós queremos prosperar, nós queremos uma sociedade harmônica, nós queremos um país desenvolvido”, completou.
Na mesma entrevista, Pivetta, que é pré-candidato ao governo do Estado em 2026, afirmou que ter a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu palanque seria importante para dar mais musculatura ao seu projeto para alcançar o comando do Palácio Paiaguás.
Nas eleições presidenciais de 2014, o então deputado federal do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, apoiou Aécio Neves, do PSDB, contra Dilma Rousseff, do PT. O tucano, contudo, perdeu o pleito no segundo turno - acumulando aquela que seria a quarta derrota seguida do partido para o PT.