O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) afirmou que o seu partido já tem posição definida em relação à sucessão do governador Mauro Mendes (União Brasil) e defende o nome do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) como pré-candidato ao governo de Mato Grosso em 2026. A declaração foi dada durante entrevista ao 57º episódio do PodOlhar.

“Partidariamente, não há nenhuma dúvida quanto à futura candidatura do Otaviano Pivetta. Isso é uníssono dentro do partido, é um consenso entre o presidente Adilton Sachetti, os deputados, e agora com a chegada do deputado Nininho, junto com o Valmir Moretto”, disse Diego.

O deputado ressaltou que o Republicanos considera Pivetta a alternativa mais preparada para manter a estabilidade administrativa do Estado. “O Pivetta conhece a máquina, participou da condução das políticas públicas nos últimos seis, sete anos e pode garantir a saúde financeira do Estado até 2030. Nenhum outro pré-candidato consegue garantir isso”, afirmou.

Diego também comentou os impactos da recente ruptura política entre o governador Mauro Mendes e a deputada estadual Janaina Riva (MDB), antiga aliada de Pivetta. Para ele, a disputa prejudica o debate de temas importantes e antecipa a pauta eleitoral. “Todos perdem com essa briga, que é política, eleitoral e até pessoal. O Estado deixa de discutir grandes temas e isso não é positivo para ninguém”, avaliou.

Apesar do afastamento de Janaina do grupo governista, Diego acredita que o projeto de candidatura de Pivetta não está condicionado a apoios individuais. “O projeto não está obstado ou condicionado ao apoio da Janaina ou de qualquer outro político. Ele segue firme com o Republicanos”, pontuou.

Aliança com o PL

Diego também defendeu a composição entre o Republicanos e o PL, do senador Wellington Fagundes. Para ele, as duas legendas compartilham bandeiras semelhantes e devem caminhar juntas em 2026.

“PL e Republicanos são partidos irmãos. Se posicionam da mesma forma nas pautas nacionais e defendem o desenvolvimento do Estado, da agricultura, do comércio e da geração de renda. Eu acredito muito que esses partidos vão estar juntos”, afirmou.

Na avaliação do deputado, essa aliança pode incluir uma composição com o PL indicando o nome para a vice na chapa de Pivetta, o que, segundo ele, poderia levar ao recuo do senador Wellington Fagundes de uma eventual candidatura ao governo.

“O senador tem mais quatro anos de mandato. Ele tem espaço no futuro, caso o povo queira. Neste momento, pode cumprir esse tempo. Temos uma vaga de vice para ser discutida, e o PL tem um pré-candidato ao Senado, que é o José Medeiros. Não está difícil construir esse entendimento”, declarou.

“Não se define eleição com meia dúzia de políticos”

Diego destacou que alianças eleitorais não podem ser construídas apenas por lideranças partidárias, mas precisam refletir a vontade popular. “Reunir um monte de político numa mesa e achar que vão definir o rumo do Estado não vai acontecer. Eu escuto o povo. Rodo o Estado, visito municípios, converso com o cidadão comum. E o povo quer essa união. O povo analisa, o povo escolhe, e é com o povo que se deve combinar antes”, concluiu.