Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, foi um dos alvos da terceira fase da Operação Barril Vazio, deflagrada na sexta-feira (16). Apontado como cérebro por trás de um esquema de fraudes e sonegação fiscal que pode ter causado prejuízo de até R$ 500 milhões por ano aos cofres públicos, ele é investigado por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e com crimes semelhantes em São Paulo.
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Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Roberto atuava como estrategista do grupo criminoso, utilizando empresas de fachada, movimentações societárias fictícias e operações simuladas para obter vantagens ilegais, como autorizações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e benefícios fiscais indevidos.
Ele também aparece como controlador indireto da empresa NEOVG Derivados de Petróleo, por meio de fundos de investimento e laranjas, além de ser citado em inquéritos como mentor da COPAPE Produtos de Petróleo Ltda, também investigada em São Paulo por fraudes similares.
A investigação aponta que o grupo inflava artificialmente o capital das empresas para simular capacidade financeira e obter registros junto à ANP para comercializar combustíveis. Com documentações falsas, conseguiam vantagens fiscais e burlavam o fisco.
Na operação, o MPMT, a Delegacia de Crimes Fazendários (Defaz) e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) cumpriram medidas cautelares, com compartilhamento de provas com outras instituições de controle.