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Sexta-feira, 11 de julho de 2025

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Operação Rustius

Prefeito alvo da PF nega caixa dois em campanha e diz que suspeita é "especulação" e "narrativa" sem provas

Foto: Reprodução

Prefeito alvo da PF nega caixa dois em campanha e diz que suspeita é
O prefeito de Sorriso, Alei Fernandes (União Brasil), negou irregularidades eleitorais e classificou como “especulação” suspeita de que teria liderado um esquema de caixa dois durante sua campanha à prefeitura, nas eleições de 2024. A defesa foi apresentada em nota assinada pelo advogado Rodrigo Cyrineu, após a Polícia Federal deflagrar, nesta terça-feira (20), a Operação Buxos, segunda fase da Operação Rustius.


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Alvo da PF, prefeito de Sorriso teria contratado empréstimos acima do valor permitido e camuflado transações ilegais


De acordo com as investigações, Alei teria utilizado uma empresa para contratar empréstimos acima do valor legal e diluído os valores em contas de terceiros, os chamados “laranjas”, com o objetivo de camuflar gastos não declarados de campanha. Parte dos recursos teria sido utilizada para pagar cabos eleitorais em espécie, sem que os custos fossem oficialmente registrados.

Segundo o delegado da Polícia Federal (PF) Tiago Pacheco, as manobras financeiras teriam sido realizadas para ocultar a extrapolação do limite legal de gastos, configurando crime de caixa dois e abuso de poder econômico.

Na nota enviada à imprensa, a defesa do prefeito rebate as acusações, afirmando que não há qualquer prova concreta que vincule os candidatos eleitos ao suposto esquema. O advogado também questiona a imparcialidade da investigação, ao afirmar que a apuração teria se iniciado por influência de um agente da PRF filiado ao partido do então adversário de Alei nas eleições.

Eles alegam que o policial responsável pela abordagem na qual foram apreendidos R$ 300 mil em espécie, em dezembro de 2024, seria ligado ao MDB, partido do então candidato e adversário político Leandro Damiani. O episódio, segundo a defesa, teria dado início às investigações que culminaram na Operação Rustius.

No entanto, a Justiça Eleitoral já rejeitou os pedidos de anulação da abordagem e declarou a legalidade da ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Conforme consta em decisão judicial, o carro dirigido por Nei Frâncio, aliado de Alei, foi parado após desobedecer ordem de parada e tentar fugir ao entrar na zona urbana de Sorriso.

Na ocasião, os agentes encontraram R$ 300 mil em dinheiro vivo no veículo. A quantia seria usada na campanha de Alei Fernandes e não havia sido declarada oficialmente, configurando possível crime eleitoral.

Operação

Até o momento, 17 pessoas foram indiciadas, e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal. Caso as suspeitas sejam confirmadas, Alei pode responder criminalmente, com penas que variam de dois a cinco anos de prisão.

Veja a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Em respeito ao Poder Judiciário Eleitoral e à legislação processual, a defesa técnica do Prefeito eleito Alei Fernandes e de seu Vice Acácio Ambrosini tem o dever de respeitar o sigilo que foi imposto ao caso.

De toda sorte, diante da manifestação da autoridade policial a respeito de uma cerebrina utilização de laranjas para pulverizar dinheiro alegadamente proveniente de caixa-dois, é necessário pontuar que isso tudo não passa de especulação sem qualquer lastro probatório concreto, especialmente que envolva a participação dos candidatos eleitos.

Há certo tempo que os órgãos de investigação vêm sustentando essa narrativa, sem apresentar elementos concretos de quanto, como e porque recursos ou gastos eleitorais foram empregados na campanha. Tudo isso de maneira espalhafatosa e em prejuízo à condução municipal.

É preciso dizer ainda que toda essa investigação decorre de uma busca de provas exploratória que possuía uma linha investigativa inventada por um PRF filiado ao partido do candidato derrotado Damiani.

É a própria Polícia Federal que afirma: o dinheiro apreendido com Nei Frâncio decorre de transações que remontam ao ano de 2019.

Portanto, tudo que se vê agora é uma vã tentativa de sustentar a natimorta Operação Rustius.

Rodrigo Cyrineu, advogado.
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