O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) de Mato Grosso reduziu multa ambiental aplicada a Fernando Bruno Crestani de R$ 10.867.275,00 para R$ 482.990,00 -- totalizando um "perdão" de R$ 10.384,285,00. Segundo informações do processo, ele foi autuado no valor milionário por desmatar em 2021, em Nova Bandeirantes, 482,99 hectares com corte raso de florestas e fazer uso de fogo em área de vegetação nativa, sem autorização prévia do órgão ambiental competente.
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Em 2022, Fernando Bruno Crestani e seu irmão foram presos durante a deflagração da Operação Hamadríade pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que investigou a inserção de dados falsos em sistemas informatizados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) entre os anos de 2019 e 2022 com o objetivo de reprimir atuação de organização criminosa na área ambiental no Estado de Mato Grosso.
Os denunciados teriam gerado um dano no valor de R$ 147 milhões aos cofres públicos, ao movimentar ilegalmente aproximadamente 300 mil metros cúbicos de produtos florestais, segundo as investigações.
O relator do processo pelo desmate em Nova Bandeirantes votou pela aplicação de uma multa administrativa no valor de R$ 965.980,00. Contudo, o representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), apresentou, oralmente, voto divergente aplicando somente ao auto de infração a multa de R$ 1.000,00 por hectare, pelo uso de fogo, sem autorização legal sobre 482.970 hectares.
A maioria decidiu pelo voto divergente e reduziu a multa aplicada a Crestani de R$ 10.867,275,00 para R$ 482.990,00.