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Terça-feira, 15 de julho de 2025

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INDEFINIÇÃO ELEITORAL

Clubes afirmam que recomeçar o processo eleitoral da FMF é retrocesso e coloca a reputação da CBMA em risco

Foto: Tchélo Figueiredo/ OD

Clubes afirmam que recomeçar o processo eleitoral da FMF é retrocesso e coloca a reputação da CBMA em risco
A eleição da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF) segue rendendo capítulos que parecem desafiar até mesmo a lógica da arbitragem. E desta vez, o apito simbólico foi dado por diversos clubes filiados, que assinaram uma carta oficial direcionada à Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA), responsável por conduzir o processo eleitoral.


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No documento, os clubes alertam: recomeçar o pleito do zero seria um retrocesso perigoso — não apenas para o futebol local, mas para a própria imagem da CBMA, que já havia validado etapas do processo anteriormente.

“Um eventual reinício comprometeria a segurança jurídica e arranharia a credibilidade da CBMA, que se notabilizou exatamente por ser um órgão técnico, imparcial e confiável”, dizem os signatários.

O argumento central é que o processo eleitoral já possui atos legítimos consolidados, como inscrição de chapas, notificações válidas e prazos respeitados. Ignorar esse histórico, segundo os clubes, equivaleria a anular um jogo depois dos 90 minutos — e com a súmula assinada.

A carta — assinada digitalmente por nomes como Bruno Sevilha, Jader Ribas de Oliveira e Diógenes Garrio Carvalho, entre tantos outros — representa um coro crescente em defesa da continuidade do processo a partir de onde ele foi interrompido.

Este ação surgiu depois de rumores de que o interventor Luciano Hocsman sugere recomeçar as eleições do zero. Os clubes entendem que uma mudança brusca agora levantaria dúvidas sobre a própria autonomia do futebol estadual frente às disputas paralelas que vêm se desenrolando nos bastidores.

Enquanto isso, as eleições seguem indefinidas enquanto uma data não é divulgada em breve. Nesta terça-feira (10), o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), gerido por Octávio Fragata Martins de Barros, reconheceu o processo eleitoral, que foi suspenso por ordem da Justiça. Agora, as duas chapas inscritas deverão aguardar o desfecho para se articularem ao pleito.

Nesta quarta (11), o interventor nomeado pela CBF, Luciano Hocsman, que preside a Federação Gaúcha, destituiu a advogada Meire Costa Marques, contratada pela antiga gestão da FMF, de Aron Dresch, para conduzir o processo eleitoral. Agora, os conflitos envolvendo o caso serão resolvidos pela CBMA, que ainda não definiu nova data. De um lado, João Dorileo Leal, cartola do Mixto, encabeça a Chapa “Federação Para Todos” e, de outro, Aron Dresch em busca da segunda reeleição e terceiro mandato, pela “Progresso no Futebol”.

A eleição estava prevista para o último dia 3 de maio, chegou a ocorrer, mas foi suspensa por ordem judicial – que constatou diversas irregularidades cometidas por Dresch na condução do processo, como descumprimento de normas estatutárias, a falta de transparência no pleito, e a possível compra de votos, em atenção à Lei Geral do Esporte e aos princípios da legalidade e moralidade.

Somente no último dia 30, após um acordo entre as partes, é que a judicialização da eleição se encerrou. No pacto, as partes conciliaram para manter o processo eleitoral com as duas chapas vigentes (Aron x Leal), e entregaram a zona de conflito à (CBMA), instância reconhecida no estatuto da própria FMF como competente para conduzir o processo.

 
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