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Quarta-feira, 09 de julho de 2025

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VERSÕES INCOERENTES

Perícia descarta suicídio e delegado diz que marido alterou cena do crime para parecer que psicóloga tirou a própria vida

Foto: Só Notícias

Perícia descarta suicídio e delegado diz que marido alterou cena do crime para parecer que psicóloga tirou a própria vida
O delegado da Polícia Civil, Ugo Mendonça, afirmou que descartou a hipótese de que a psicóloga Janaina Carla Portela Santin, de 43 anos, tenha tirado a própria vida dentro de casa na segunda-feira (16), em Sinop (478 km de Cuiabá). O marido dela, o empresário Fabio teixeira Santini, que foi preso, teria alterado a cena do crime simulando um suicídio.


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De acordo com informações da Polícia Civil, a equipe foi acionada inicialmente para atender a um suposto caso de suicídio. No local, encontraram o marido da vítima, de 44 anos, com um ferimento de disparo de arma de fogo na perna direita. No entanto, a perícia constatou que houve vários disparos dentro da residência, o que imediatamente levantou suspeitas sobre a dinâmica do crime.

Durante o depoimento, o suspeito apresentou duas versões diferentes dos fatos, com informações contraditórias, o que levou a Polícia Civil a autuá-lo em flagrante por homicídio qualificado. O delegado explicou que a necropsia descartou a hipótese do tiro encostado, que é encontrado em casos de suicídio. Janaina tinha uma perfuração na lateral da cabeça.

"Assim que fui informado de algumas incoerências na versão dele, acionei novamente a perícia, voltei no local com o investigador e verificamos realmente a inconsistência na versão dele com relação à distância, ângulo de disparo, inclusive esse feito na perna dele. No local mesmo, os peritos já tinham detectado a ausência de qualquer tiro encostado, que é típico de quem pratica suicídio. Um tiro na cabeça, encostado de suicídio, ele deixa algumas marcas típicas, próprias dessa situação, e isso não foi encontrado", disse o delegado.

O marido foi encaminhado à delegacia após receber atendimento médico. Ainda conforme a autoridade policial, o ângulo do disparo indica que o homem teria efetuado o disparo contra ele mesmo.

"Após ele praticar o ato, ele alterou a cena do crime, mudou a posição do corpo, acredito que ele mesmo efetuou os disparos, simulando que a vítima teria efetuado esses disparos, e acredito que ele mesmo efetuou o disparo na perna dele, que é compatível o ângulo de entrada e saída com a direção do disparo pelo fato dele ser destro. A principal informação era descartar o tiro encostado, que é típico do suicídio, não tendo esses sinais de disparo encostado na cabeça, fica afastado da hipótese de suicídio", ressaltou o delegado.
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