Duas situações de importunação sexual registradas em cidades de Mato Grosso chamaram a atenção nesta semana. Em Várzea Grande, uma empresária denunciou um motociclista que se masturba diariamente em frente ao seu salão de beleza, no Centro da cidade. Já em Tangará da Serra (242 km de Cuiabá), câmeras de segurança flagraram um andarilho cometendo ato semelhante em um estacionamento, em plena luz do dia. Nenhum deles foi preso.
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Em Várzea Grande, a empresária, que preferiu não se identificar, relatou que há cerca de um mês vem sendo alvo do assédio contínuo de um homem que estaciona sua motocicleta em frente ao salão e pratica atos obscenos, mesmo com grande fluxo de pessoas no local.
“Todo dia ele nos persegue. Ele se masturba, coloca a língua para fora, não tem vergonha nenhuma. Já chegou a ficar aqui até 17h30. É na frente do nosso ganha-pão, onde atendemos mulheres o dia todo”, desabafou a vítima, em entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real.
Na quarta-feira (18), a empresária conseguiu gravar o ato e acionou a Polícia Militar. O suspeito foi detido e levado à delegacia. A mãe do homem acompanhou o depoimento e afirmou à imprensa que ele sofre de transtornos mentais, já foi internado anteriormente e decidiu abandonar o tratamento.
Em Tangará da Serra, as imagens de câmeras próximas ao Posto Central mostram um andarilho abaixando as calças e balançando o órgão sexual, em plena manhã. O ato foi presenciado por uma funcionária de um comércio vizinho, que registrou boletim de ocorrência.
“Na hora que percebi, ele já estava com as partes íntimas expostas. Fiquei sem reação. Era de manhã, um horário em que passam muitas crianças por aqui”, relatou a mulher ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde.
O suspeito, já conhecido na região por frequentar a rodoviária do município, está sendo investigado pela Polícia Civil. A conduta é considerada crime de importunação sexual, conforme o artigo 215-A do Código Penal, e pode resultar em prisão de um a cinco anos.
Ambos os casos geraram indignação entre comerciantes e moradores, que cobram providências e mais rigor na fiscalização de espaços públicos para evitar a exposição de mulheres e crianças a esse tipo de violência.
