O vereador Mário Nadaf (PV) voltou a defender sua proposta que busca acabar com o recesso parlamentar de meio de ano na Câmara de Cuiabá.

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Segundo ele, a medida não representa retirada de direitos dos vereadores, mas uma forma de aumentar a produtividade e corrigir o que considera um privilégio excessivo em comparação com o restante dos trabalhadores.

A proposta de emenda à Lei Orgânica, reapresentada por Nadaf, precisa de ao menos nove assinaturas para começar a tramitar oficialmente na Casa. Até o momento, sete parlamentares já subscreveram o texto. Para ser aprovada, a matéria ainda dependerá de dois terços dos votos em duas votações no plenário.

“O que estamos propondo não vai tirar férias de ninguém, nem vai tirar carne de ninguém”, afirmou o vereador, fazendo referência às críticas de alguns colegas.

“O vereador que quiser pode usar os 30 dias legais de férias, como qualquer trabalhador, basta requerer. O que estamos tentando é criar mais quatro sessões ordinárias no ano e melhorar a produtividade”, completou.

Nadaf também rebateu o argumento de que os parlamentares já enfrentam uma rotina sobrecarregada. Além disso, ele ressalta que no plenário há várias reclamações do excessivo uso da tribuna livre e falta de tempo para realização de audiências públicas. Segundo ele, essas reclamações são frequentes dentro do próprio plenário.

“Se vocês acompanham o cotidiano da Câmara, sempre escutam que o processo legislativo é demorado, que há excesso de falas e que falta espaço para os vereadores se manifestarem. Pois bem, está aqui uma oportunidade de gerar mais sessões, ampliar o tempo de atuação e dar celeridade aos projetos”, pontuou.

O vereador ainda ironizou as resistências internas à proposta.

“Já vi muito choramingo por conta do tempo de fala, da quantidade de audiências, do excesso de tribuna. Agora que temos a chance de criar mais sessões, ampliar o debate, garantir igualdade de participação, alguns continuam reclamando”, disparou.

Sobre as dificuldades para dar andamento à matéria, Nadaf explicou que ainda faltam duas assinaturas para que a proposta comece oficialmente a tramitar.

“Depois disso, vamos para a fase de convencimento dos demais vereadores. Mas acredito que quem defende a eficiência e a imagem desta Casa vai entender a importância dessa mudança”, disse.