O ex-marqueteiro da Unimed Cuiabá, Maurício Coelho, se pronunciou nas redes sociais nesta terça-feira (24), após ser alvo da Operação Short Code, deflagrada pela Polícia Civil. A investigação apura o financiamento e a articulação de uma rede de desinformação utilizada para atacar a atual diretoria da cooperativa. Coelho classificou a operação como uma tentativa de “silenciamento” e afirmou que não será calado. Ele também assegurou que suas fontes estão protegidas.
“Não conseguirão me calar. O que querem é ver os documentos que tenho, mas tenho cópias em nuvens muito distantes daqui”, declarou. Segundo Coelho, o Instituto Brasil Cooperado, plataforma usada para publicar críticas à gestão, estaria investigando relações que envolveriam tráfico de influência e crimes graves, supostamente cometidos por autoridades públicas. “Causa muita estranheza que isso ocorra dias depois de eu afirmar que uma bomba estava para explodir”, disse.
No pronunciamento, o ex-marqueteiro reafirmou seu “compromisso inarredável” em expor o que chama de "poderosos que tomaram de assalto o Estado". Ele afirmou que tudo estaria documentado e que as denúncias vão além da Unimed, atingindo também “quem usa a caneta do Estado para servir a interesses privados”.
Coelho ainda garantiu que a identidade das fontes que colaboraram com o conteúdo publicado pelo Instituto está protegida, mesmo com a apreensão de seus equipamentos.
“Esta operação que buscou apenas o meu celular e o meu computador têm também por intenção descobrir quais são as fontes do Instituto Brasil Cooperado. Eu quero assegurar aqui a todas as fontes que podem estar preocupadas agora que não há nada que os conecte ao Instituto ou a mim. O segredo da fonte está plenamente protegido mesmo diante desta arbitrariedade”, reforçou.
Coelho também publicou uma nota à imprensa, afirmando que o Instituto Brasil Cooperado (IBC) é a maior associação de cooperados independentes do país, e todas as publicações são feitas com provas.
Confira na íntegra:
O Instituto Brasil Cooperado é a maior associação de cooperados independentes do Brasil e tudo o que publicamos a fazemos com documentos e provas. Ao iniciarmos avaliações sobre acontecimentos na Unimed Cuiabá, começamos a sofrer perseguições em várias frentes e, no avançar de nossas investigações, entendemos os motivos: agentes públicos estão sendo comprados pela Unimed Cuiabá.
Estamos, sim, diante do arbitrio. A busca e apreensão dos computadores e celulares do presidente do Instituto e de um diretor que mora em Goiás foram feitas, coincidentemente, apenas uma semana após avisarmos ao grande público o teor dos documentos aos quais tivemos acesso e que, em breve, se tornariam um escândalo nacional
A Unimed Cuiabá - que foge ao debate - usa de tráfico de influência e corrupção ativa para jogar o poder público contra nós. Garantimos que todos os envolvidos serão, paulatinamente, expostos em âmbito nacional e processados nas devidas esferas.
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