Reconduzido por unanimidade ao comando do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo usou seu discurso pós-eleição nesta terça-feira (24) para reforçar o caráter técnico e político da Corte. Segundo ele, o consenso entre os conselheiros para a sua recondução é fruto de uma gestão voltada à solução de problemas do Estado.
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“Fui conduzido para essa reeleição por todos os conselheiros. Foi um processo construído em conjunto, com muito debate e entendimento entre nós”, afirmou ao agradecer o apoio dos colegas de plenário.
Durante a fala, o presidente destacou que sua origem política, como ex-deputado estadual, segue influenciando sua forma de conduzir os trabalhos no Tribunal.
“Eu não perco a minha característica de deputado sendo conselheiro. Não posso perder. Essa experiência política me trouxe até aqui e faz parte da composição desta Corte”, disse.
Sérgio Ricardo citou que a própria Constituição Federal determina que parte dos conselheiros dos Tribunais de Contas venha do Parlamento, justamente para incorporar ao colegiado a vivência política.
“Não fazemos política partidária, mas temos o olhar de quem já esteve no Legislativo, de quem entende o processo de formulação de políticas públicas”, pontuou.
O presidente também destacou a atuação do TCE em iniciativas que vão além da fiscalização tradicional, citando como exemplo as mesas técnicas criadas para debater e propor soluções para problemas complexos, como a crise dos consignados dos servidores públicos estaduais.
“Na primeira reunião sobre os consignados, sugerimos limitar os descontos em folha a 35% para proteger os servidores. No mesmo dia, o governador Mauro Mendes nos ligou dizendo que enviaria o projeto para a Assembleia Legislativa. No dia seguinte, os deputados aprovaram e hoje já é lei”, ressaltou.
Segundo ele, esse modelo de atuação, com diálogo e articulação, é o que tem garantido resultados rápidos e efetivos.
“O Tribunal de Contas não é apenas um órgão de fiscalização. Também somos um espaço de construção de soluções. Não adianta só apontar erros, é preciso ajudar a resolvê-los”, reforçou.