O prefeito Abílio Brunini (PL) afirmou que Cuiabá deve registrar um abatimento de aproximadamente R$ 340 milhões de dívida ao final do decreto de calamidade financeira do município. A expectativa é que o decreto seja encerrado nos primeiros dias de julho, conforme anunciou o prefeito em entrevista na última semana.
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O prefeito explicou que o valor projetado representa uma economia em termos de abatimento de dívidas e otimização de gastos, e não um saldo em caixa.
“A gente ainda está em déficit. Nós tínhamos no início do ano uma previsão de dívida desse ano de déficit que a gente recebeu de R$ 700 milhões a curto prazo. Então, R$ 700 milhões a curto prazo é o que a gente já está devendo”, explicou.
Anteriormente, a prefeitura já havia anunciado um abatimento de R$ 138 milhões sobre o deficit de R$ 700 milhões. Agora, Abilio atualizou esse valor para R$ 340 milhões.
"Quando a gente começou a economizar, por exemplo, R$ 138 milhões, não são o que sobrou. É o que a gente conseguiu abater dentro da dívida do município. A nossa meta agora é alcançar os R$ 340 milhões nos seis meses, mas não de dinheiro em caixa e sim em economia. A gente vai apresentar isso na conclusão do decreto de calamidade, que deve concluir agora dia 1º ou dia 2 de julho, se eu não me engano", detalhou o prefeito.
O prefeito, contudo, ponderou que a prefeitura ainda terá que adotar medidas de contenção durante todo o ano. Ele explica que, se houver um relaxamento nos gastos, a gestão não conseguirá, por exemplo, manter as contas em dia até o final do ano.
“Então nós vamos ter que concluir o decreto de calamidade, mas continuar segurando os recursos, continuar fazendo um aperto nas contas públicas para poder chegar no final do ano e estar o melhor possível para o início do ano seguinte”, continuou.
Ele afirmou que o foco, no momento, tem sido melhorias na saúde e educação, mesmo reconhecendo a necessidade de investimentos e melhorias em outros setores.
“Muita gente quer coisas novas, obras novas, investimentos novos e ações novas, mas nós não temos recursos ainda para poder fazer essas ações novas. Nós estamos investindo todos os nossos recursos na melhoria da saúde, na melhoria da educação, nos cuidados paliativos da infraestrutura urbana, que é os tapas-buracos, a limpeza urbana, a iluminação pública também, estamos investindo nisso, e no transporte público”, disse