A presença do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), causou tumulto e troca de provocações durante a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o contrato do estacionamento rotativo da capital, firmado com a empresa CS Mobi, e a obra de revitalização do Mercado Municipal Miguel Sutil.
Parlamentares de oposição aproveitaram a oportunidade para alfinetar a gestão do emedebista, que, por sua vez, usou sua fala para rebater críticas e atacar a atual administração do prefeito Abilio Brunini (PL).
Logo no início de sua participação, Emanuel respondeu à vereadora Maysa Leão (Republicanos), afirmando que, se sua base impediu o diálogo com ela durante o mandato, ele “vai puxar a orelha” de todos, pois sempre admirou o trabalho da parlamentar. Maysa disse que foi “blindada” para não investigar ou se posicionar contra a gestão dele na tribuna da Câmara.
“Um dos momentos mais felizes do meu mandato foi quando a senhora esteve na entrega da primeira etapa do Mercado do Porto Antônio Moisés Nadaf, prestigiando aquela grande obra para a população cuiabana”, disse o ex-prefeito, destacando que sempre a respeitou, ao contrário do atual prefeito, que, segundo ele, “tomou posse, mas não assumiu a prefeitura”.
Emanuel ainda criticou a liderança de Abilio no Legislativo e relembrou episódios de enfrentamento com a oposição.
“Nunca me importei com oposição de alto nível, principalmente feita por mulheres. Eu não gostava era da oposição inescrupulosa de alguns homens, como não gosto até hoje. Como vocês viram aqui agora, a parafernália do Dilemário querendo justificar para o Abilio porque ele é líder de uma gestão que não começou.”
A exibição de um vídeo solicitado por Emanuel também gerou discordância entre os parlamentares. A vereadora Ilde Taques (PSB) pediu que o vídeo não fosse exibido, afirmando que a convocação deveria servir para tirar dúvidas, não para apresentações. Dilemário Alencar (União Brasil) reforçou que o depoimento tinha um objeto específico e que a exibição do vídeo poderia desviar o foco.
“Aqui não é espaço para circo”, disparou.
Mesmo diante das críticas, o presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL), autorizou a exibição, afirmando que, se o conteúdo não tratasse sobre o contrato em questão, a sessão seria suspensa.
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